A CDL de Joinville tomou posição firme em defesa da vida dos joinvilenses, ao pedir, em ofício enviado ao prefeito Adriano Silva, a decretação de lockdown geral por sete dias, até dia 14. O documento, colocado à público no domingo de noite, surpreendeu muitas lideranças empresariais e caiu como uma bomba, em razão do inesperado.

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> CDL de Joinville pede lockdown de sete dias em documento entregue ao prefeito

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A ideia de fechamento generalizado – tanto de atividades econômicas do comércio, serviços e indústria, “sem exceções, a não ser aquelas absolutamente essenciais relacionadas à alimentação, saúde e higiene”, contraria o ideário de muitos interesses empresariais.

Entendem, estes, que as perdas de negócios fragilizam muito a economia. O assunto é complexo, e, de certo modo, todos têm razão, ao seu modo.

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Tão logo o teor do ofício da CDL foi publicamente divulgado, lideranças do empresariado local telefonaram para José Manoel Ramos, questionando o texto: “me ligaram com a vara na mão”, diz ele.

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O presidente da entidade representativa do comércio, José Manoel Ramos, é claro: “não podemos mais pagar essa conta sozinho”.

Nas últimas horas, surgiram vários posicionamentos dos integrantes de diferentes interlocutores que integram os comitês de análise da situação sanitária. As sugestões são feitas de forma informal. Somente a CDL veio a público, de maneira corajosa, pedindo que a conta dos prejuízos de paralisação de serviços seja paga por todos – e não só pelo comércio.

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Em meio a discordâncias sobre a melhor maneira de enfrentar a expansão da transmissibilidade da Covid-19, há um consenso natural: o quadro se agravou muito e é fundamental agir com firmeza.

O prefeito Adriano Silva vai emitir decreto, nesta segunda-feira, no período da tarde. Virão medidas mais restritivas, sim. Mas não é esperado decretação de lockdown generalizado.