Lideranças de sete principais federações empresariais do Estado reuniram-se com os secretários Rogério Siqueira e Ricardo Stodieck, da Pasta do Desenvolvimento Econômico Sustentável. Em meio a lamentos pela saída de Amandio João da Silva Junior da casa Civil, e apresentação de demandas específicas de cada setor, (indústria, comércio, transporte, microempresas, agricultura), o empresariado pediu atenção para a importância do governo estadual viabilizar as concessões para portos e saneamento.
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As entidades insistiram na necessidade da inciativa privada ter mais presença no encaminhamento de ações para promover o desenvolvimento no Estado.
No caso do saneamento, o alvo é a Casan, estatal catarinense que não fez, até agora, em dezenas de anos de atividades, o suficiente para eliminar as carências de infraestrutura no fornecimento de estações de tratamento de esgoto nos municípios que atende. O tema é fundamental para garantir um desenvolvimento econômico combinado com qualidade de vida, mas continua à margem das efetivas prioridades do setor público. Aliás, como sempre foi.
A questão é cada vez mais essencial, e a aprovação, no Congresso Nacional, do novo marco regulatório do saneamento, coloca ainda mais luz sobre o assunto, e atiça o interesse por negócios privados na área. Em relação aos portos, é outro assunto de constante atenção dos agentes econômicos, em especial de toda a cadeia produtiva envolvida no comércio exterior – importação e exportação de mercadorias e serviços.
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O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, chamou atenção para dificuldades na aprovação de licenças ambientais para os produtores rurais. Também mostrou preocupação com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir se aplica, ou não, as regras do Código Florestal em região rural. Recentemente, a Fecomércio entregou à Secretaria de Desenvolvimento um documento com demandas do comércio e turismo relacionadas à infraestrutura que precisam ser resolvidas, assim como o Centro de Convenções de Balneário Camboriú.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, destacou os impactos dos congestionamentos no trecho norte da BR-101, especialmente na alta temporada. Lembrou que para cada hora que um caminhão fica parado, há um custo fixo de R$ 100, sem contar o custo varável com combustível. Além disso, salientou que a BR-470, a partir de Indaial, precisa ser duplicada.
– Temos que ter projeto de duplicação. São pontos que o estado vai ter que repensar junto com o Ministério da Infraestrutura e pensar em concessões.
A presidente da Fampesc, Rosi Dedekind disse que estará junto com a Fecomércio na defesa da atividade do turismo.
– Mais de 90% das empresas catarinenses são de micro e pequeno portes. Coloco a Fampesc à disposição para trabalharmos numa política de estado. Necessitamos da retomada de alguns programas que a Secretaria de Desenvolvimento tinha, como o Juro Zero”.
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Do encontro, uma convicção: há real objetivo de aproximação entre governo e empresas. Este papel de interlocução fica com o recém-chegado secretário de Desenvolvimento, Rogério Siqueira e seu adjunto, Ricardo Stodieck. Ambos ascenderam a suas funções por indicação e apoio dos empresários.
Outras reuniões serão agendadas
Siqueira terá encontro específico com a diretoria da Fiesc, nesta terça-feira, dia 30. Em pauta o projeto Travessia, apresentado pela indústria, como forma de dar condições à retomadfa da economia catarinense no pós-pandemia.
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