A EDP, novo sócio da Celesc, vai investir R$ 450 milhões na companhia. Do total, já fez aporte de R$ 230 milhões, e outros R$ 220 milhões serão alocados em breve. Para a empresa privada colocar seus membros no conselho de administração, é necessária a aprovação do negócio por parte do Cade.
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Nesta entrevista, o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, explica onde a EDP poderá contribuir para melhorar a gestão.
A Celesc fez assembleia do conselho de administração na sexta-feira, dia 26. Um dos temas foi a vinda da empresa energética privada EDP como sócia da Celesc. Quantos cargos a EDP vai ocupar no conselho? A EDP adquiriu fatia de 14,5% do controle da Celesc em dezembro, com investimento de R$ 230 milhões.
Cleverson Siewert — A EDP deverá ter quatro das 13 cadeiras do conselho. Mas, antes, existe uma tramitação a ser realizada: aprovação no Cade, na Previc e na Aneel. Após essas condições precedentes à operação, com 30 dias de antecedência a assembleia de acionistas será convocada. A expectativa é de que a nomeação ocorra entre o fim de março e o começo de abril. Mais provável em abril.
Consta que a EDP ainda vai aplicar grande montante na Celesc nos próximos anos.
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Siewert — Nos próximos três anos, a EDP deverá colocar mais R$ 220 milhões, totalizando aporte de R$ 450 milhões. Também é sócia da Celesc em contrato de construção de linha de transmissão, no qual a EDP detém 90% e nós, 10%.
No que o novo sócio vai auxiliar a gestão da companhia?
Siewert — A EDP poderia ter comprado a Light (do Rio), a Celg (de Goiás) ou outro operador, mas optou por entrar na Celesc. Eles enxergaram potencial enorme aqui. Pensam no longo prazo.
Em que áreas precisa melhorar o desempenho?
Siewert — Eles são muito fortes em geração e também podemos evoluir na comercialização de energia. Não há comercializadora em Santa Catarina. Precisamos de ajuda para reduzir as perdas de energia. Nossas perdas são de 8,5% de tudo o que injetamos no sistema, mas a Aneel reconhece até 7,4%. A diferença é custo para nós. Eles também podem auxiliar na área de recursos humanos. Dispõem de tecnologia para modular os trabalhos de maneira mais eficiente. Ainda seremos mais competitivos na área das compras. Imagine: nós temos 3 milhões de clientes, a EDP tem 3,5 milhões. Compras conjuntas darão ganhos significativos.
No que mais a EDP vai ser positiva?
Siewert — A EDP é um player no setor de energia que trabalha fortemente em novos negócios e, por isso, essa parceria vai agregar muito valor para a companhia. A Celesc é uma empresa com muito potencial de crescimento e que pode melhorar em muitos processos. A chegada de um sócio com visão ainda mais estratégica e de grande conhecimento do setor vai potencializar essa perspectiva, e esse crescimento deverá se traduzir, muito em breve, em ainda melhores serviços para a sociedade e em maior rentabilidade das nossas ações no mercado.
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Quanto a Celesc vai investir neste ano?
Siewert — A Celesc vai investir R$ 395 milhões em melhoria do sistema de distribuição neste ano. Em geração, serão aplicados R$ 59 milhões e mais R$ 8 milhões em novos negócios, via holding. Temos bons indicadores de qualidade. Estamos – junto com apenas 32 outras empresas – incluídos no Índice de Sustentabilidade Empresarial, o ISE.
Integrar todos
O Join.Valle vai mudar. O projeto, que nasceu dentro da Secretaria de Planejamento Urbano e de Desenvolvimento Sustentável e capta ideias de diferentes segmentos da sociedade, tenta criar condições com o objetivo de Joinville se inserir no conjunto de cidades inteligentes e se preparar para um futuro no qual as tecnologias revolucionarão comportamentos e decisões. Dado o reconhecimento de que no poder público há excessiva burocracia e é engessado para ser o principal protagonista, na prática, as mudanças em gestação rumam no sentido de integrar, de fato, a academia e a inciativa privada com ações e propósitos convergentes. Numa palavra, o que se deseja é a profissionalização dos trabalhos do Join.Valle, de modo que o projeto seja apropriado pela cidade. Já há parceiro privado interessado nisso.
Vídeo
A TVPro está produzindo vídeo com a síntese das contribuições vindas de diferentes áreas da sociedade joinvilense sobre como poderá ser a Joinville de 2030. O trabalho será apresentado em março, na semana de comemoração dos 167 anos de fundação do município. O levantamento de ideias e percepções passou por uma enquete popular e por concurso de estudantes sobre o tema, evoluiu para conversas com 200 lideranças comunitárias e finaliza-se com diálogos entre 30 expoentes da cidade.
Piso regional vai à Alesc
Lideranças empresariais e de trabalhadores entregaram ao governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, o documento do acordo celebrado entre as partes que definiu os valores e faixas salariais do piso salarial regional no Estado, com concordância entre as partes. Sindicalistas consideram o reajuste satisfatório; os empregadores consideram adequado. Agora, o projeto de lei vai à Assembleia Legislativa para votação.
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Chamamento ao debate
Com a aprovação da nova LOT, o zoneamento da cidade de Joinville mudou e afetou diretamente algumas micro e pequenas empresas instaladas há décadas, tornando inviável o seu crescimento no mesmo local. Diante das alterações, a Ajorpeme faz chamamento para os seus associados participarem da audiência pública marcada para 7 de fevereiro, que vai debater, na Câmara de Vereadores, o projeto de uso condicionado.
Condomínio
É possível que surja um condomínio horizontal no vasto terreno localizado no bairro Vila Nova onde funcionava recreativa da Busscar e também serviu como área de lazer do Colon Palace Hotel.
Fertilizantes
A Zport Operadores Portuários Ltda. conseguiu a licença e vai construir fábrica de adubos e fertilizantes em São Francisco do Sul.
Cluster
O governo do Estado (via Secretaria de Desenvolvimento Sustentável), com as prefeituras de Joinville, Florianópolis e de Blumenau, mais a Acate e o Senai, está formatando projeto para criar um cluster voltado a aspectos relacionados a cidades inteligentes (smart cities). Quem conta é o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Joinville, Danilo Conti.
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Enfim
Depois de vários meses se debatendo para obter todas as autorizações do poder público, as Lojas Americanas abriram as portas de nova unidade, na esquina da avenida Juscelino Kubitschek com rua Nove de Março, bem no Centro de Joinville.