A Celesc obteve financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 276 milhões, o equivalente a R$ 1 bilhão. Na foto, a secretária de Articulação Nacional do governo do Estado de Santa Catarina, Lourdes Coradi Martini; o presidente da Celesc, Cleverson Siewert; e o representante do BID no Brasil, Hugo Florez Timoran, assinam o documento. 

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O recurso que virá do BID é parte do valor total buscado pela Celesc no mercado, de US$ 345 milhões. O dinheiro irá custear 60% das obras para a construção e melhoria do sistema elétrico catarinense entre 2018 e 2022, o que representará um ganho operacional de 20% no Estado. O dinheiro será aplicado na construção de 20 novas subestações e na ampliação de 31 existentes, assim como na instalação de 342 km de novas linhas de distribuição e na compra de equipamentos, materiais e recursos para áreas de automação e tecnologia da informação.

O presidente Cleverson Siewert explica:

– Em busca da sustentabilidade econômica, social e ambiental, a Celesc tem como obrigação racionalizar a procura por parceiros para novos investimentos. Qualquer setor que seja intensivo no uso de capital, sobremaneira para realizar investimentos, tem uma máxima de buscar capital de bancos. Isso porque o recurso com instituições de fomento é mais barato em relação ao do acionista.

 

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Juros de 4% ao ano 

Ele reforça que o setor de energia elétrica, no Brasil e no mundo, está alinhado com essa lógica, pois necessita de capital intensivo para investimentos de grande porte. A proposta do BID inclui condições diferenciadas e que permitirão maior oferta de energia para Santa Catarina. A negociação se justifica, principalmente, por oferecer 25 anos para o pagamento, sendo cinco de carência, além de juros de 4% ao ano, enquanto bancos nacionais cobram taxas 400% maiores, em média.

 

Dois anos de negociação 

Na semana passada, o Ministério da Fazenda concedeu garantia da União para a Celesc Distribuição assinar o empréstimo junto ao BID. Essa era a última etapa do procedimento exigido pela instituição internacional para a realização da operação de crédito. As tratativas iniciaram em 2016, passando por aprovação do governo federal, por meio da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que trata da obtenção de recursos externos ao setor público.

 

Assembleia aprova 

Em setembro de 2017, o projeto passou pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina e recebeu aval dos deputados para que o governo do Estado fosse autorizado a avalizar o empréstimo. No dia 4 de setembro deste ano, a operação também foi aprovada pelo Senado, seguindo para a Procuradoria -Geral da Fazenda Nacional, que fez o encaminhamento ao ministro da Fazenda para a convocação da assinatura oficial do contrato.