A carta dos economistas, a ser entregue aos chefes dos Poderes, resume à perfeição a atual situação do Brasil no contexto da pior crise sanitária e hospitalar da história, conjugada com aguda crise econômica e de perda de renda – já há estudo indicando que a renda total dos brasileiros vai cair R$ 157 bilhões neste ano de 2021.
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A carta, assinada por nomes de peso como ex-ministros da Fazenda, Pedro Malan e Maílson da Nóbrega; e por ex-presidentes do Banco Central, como Armínio Fraga e Gustavo Loyola, além de banqueiros do Itaú-Unibanco e Credit Suisse, retrata a realidade.
É consenso que somente a vacinação em massa será capaz de conter a onda da propagação veloz da Covid-19 entre nós. Neste ponto, até mesmo o ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, concorda ao dizer que a vacinação em massa “é a melhor política fiscal”.
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Os economistas avisam, no texto, que também continua essencial a manutenção do auxílio emergencial para a camada miserável de nossa população, como forma de minimizar – um pouco que seja -, as dificuldades de sobrevivência dessa parcela da sociedade.
Os mais de 500 economistas que subscreveram o documento apontam para os 14% de nível de desemprego: “a mais alta taxa da série histórica”, afirmam.
Escrevem que a redução do PIB, em 4,1%, no ano passado, atinge, desproporcionalmente mais os pobres.
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Ao mesmo tempo, indicam a urgência de se tomar medidas de apoio a pequenas e médias empresas. Aliás, reivindicação antiga das lideranças empresariais que representam os pequenos, naturalmente menos capitalizados do que os grandes grupos empresariais.
Diante da negligência do governo federal em comprar vacinas no tempo certo e em quantidades adequadas, vão direto ao ponto: “não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica enquanto a pandemia não estiver controlada”.
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Portanto, para além de quaisquer discursos ideológicos, cuidar de estancar a disseminação da Covid-19 é absolutamente prioritário.