Câmbio alto e corte de custos auxiliam resultados das empresas

Ninguém deve se surpreender se os balanços das empresas de Joinville e região apresentarem bons números neste ano. Embora a chiadeira sempre surja nas falas dos executivos – algo próprio de quem nunca se diz satisfeito –, vários indicadores apontam para um desempenho generalizadamente bem melhor do que o apurado no ano passado. 

Dois fatores são cruciais para esta análise: 1. O câmbio em alta, com o dólar valorizado, ajuda as indústrias exportadoras; 2. O forte enxugamento de despesas – inclusive de mão de obra, feito durante o período mais agudo da crise, adaptando as organizações a rodarem em patamar atualizado.

Estas são algumas das conclusões que se pode extrair a partir dos resultados da pesquisa Índice de Confiança Empresarial Sustentare (Ices) referente ao terceiro trimestre de 2018.

Os dados demonstram uma renovada força, comparada ao segundo trimestre. A grande maioria deles aponta na direção de melhora na percepção sobre a economia e dos negócios. O organizador do estudo, Ricardo Della Santina Torres, compara:

– A economia doméstica teve uma aplicação de desfibrilador na ‘parada cardíaca’ do segundo trimestre, apresentando acelerada recuperação. A pesquisa é realizada desde 2011 e é utilizada para medir a percepção dos empresários da região Norte catarinense em relação aos fatores da economia interna e externa. Também avalia fatores do desempenho de empresários em suas respectivas atividades, nos setores da indústria, comércio e serviços.

Os dados resumem a situação:

Índice de Confiança Empresarial Sustentare (Ices) – 2º trimestre de 2018 – (em pontos)

Expectativa econômica: 46,39.

Condições financeiras/lucratividade: 50,16.

Investimentos: 46,78

Nível de emprego: 51,10

Custos: 37,50

Nível de vendas: 46,67

Ices das indústrias: 44,9

Ices do comércio: 49,55

Ices de serviços: 49,33

Ices geral: 46,43

Índice de Confiança Empresarial Sustentare (Ices) – 3º trimestre de 2018 (em pontos)

Expectativa econômica: 48,27.

Condições financeiras/lucratividade: 57,49.

Investimentos: 50,02.

Nível de emprego: 53,67.

Custos: 36,58.

Nível de vendas: 54,61.

Ices das indústrias: 49,54.

Ices do comércio: 57,91.

Ices de serviços: 65,21.

Ices geral: 50,11.

O hub de inovação une Perini e UFSC

“Criar empresas que se tornem grandes para depois vendê-las é um dos principais negócios de Israel”. A afirmação é do diretor de operações do Perini Business Park, Emerson Edel. Ele e Rafael Catapan, professor do campus Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foram dois dos integrantes da missão joinvilense que conheceu, recentemente, os diferenciais do sistema de inovação de Israel. Neste momento, eles desenham uma parceria estratégica entre o Perini e a universidade com o objetivo de dar eficiência e agilidade a todas as etapas de um processo de inovação no Ágora Tech Park. Será uma espécie de hub, dispositivo que na área de informática tem a função de acelerar conexões. Os detalhes desta iniciativa devem ser conhecidos nos próximos meses. 

De acordo com a diretora do campus, Cátia Carvalho Pinto, a publicação do novo marco legal da ciência, tecnologia e inovação (decreto 9.283, de 7/2/2018) ampliou o campo de ação e aumentou a segurança jurídica para a realização de parcerias público-privadas para a inovação.

História

A primeira farmácia do Sesi em Santa Catarina foi inaugurada em 1º de outubro de 1960, na então Consul, hoje Whirlpool. 

Leitura

Já que a cena político-eleitoral assusta a muitos, já há gente sugerindo ler o horóscopo para ver se a vida pode melhorar.

Sem direito

O Superior Tribunal de Justiça mudou o entendimento em relação à responsabilidade por fraude em compras e saques feitos com cartão de débito e crédito. Os ministros da 3ª e da 4ª turmas têm decidido no sentido de que não cabe indenização a ser paga pelos bancos ao cliente que sofreu o golpe. Há negligência por parte do cliente, argumentam os julgadores.

Empreendimentos náuticos

Joinville poderá ter regulamentadas atividades náuticas e aeroviárias na área rural de utilização controlada, como consta do texto da Lei de Ordenamento Territorial (LOT). Audiência pública que discutirá o tema está marcada para o dia 18 de outubro, na Câmara de Vereadores de Joinville.

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