O Índice de Confiança Empresarial Sustentare (ICES), pesquisa realizada no segundo trimestre pela Sustentare Escola de Negócios, apontou uma interrupção na tendência de melhora nas expectativas sobre a economia brasileira. O índice ficou em 46,43, o que representa uma queda significativa em relação ao período anterior, (janeiro-março) quando marcou 52,40.
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O estudo é baseado nos seguintes parâmetros de notação: ICES menor que 50 representa que a confiança dos empresários está pior; e maior que 50 significa que a confiança dos empresários está melhor. O levantamento aponta todos os indicadores em campo negativo, com exceção do indicativo relacionado à economia internacional.
— A economia doméstica teve uma espécie de parada cardíaca no segundo trimestre apresentando uma deterioração de todos os indicadores, afirma o economista e professor Ricardo Della Santina Torres, organizador do trabalho.
A mudança de humor deriva de percepção de aumento de inflação, e do câmbio e juros, redução de estoques e redução de postos de trabalho. A tendência de melhora não foi sustentada, em um ano conturbado para o país e com o início das discussões sobre a eleição presidencial. A pesquisa, realizada desde 2011, é utilizada para medir a percepção dos empresários da região Norte catarinense em relação aos fatores da economia interna e externa, e também e fatores do desempenho de seus respectivos negócios, no ramo de indústria, comércio e serviços.
No período abril a junho responderam à pesquisa 102 empresas de vários segmentos – a maioria delas de Joinville. A análise por sub-índices sugere elemento positivo apenas quando o olhar se dirige ao cenário internacional e à necessidade de investimentos, ambos acima de 60 pontos. Evidente sinal de que as exportações têm auxiliado as empresas a enxergar positivamente o ambiente de negócios. Seis de cada dez empresários ainda acreditam que câmbio e inflação tendem a subir.
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