Pelo menos 70% da produção de banana no litoral norte catarinense foi perdida após a pasagem do ciclone-bomba que atingiu o Santa Catarina na semana passada, indicam as estimativas preliminares. O levantamento detalhado fica pronto na quarta-feira (8). Com os números em mãos, as lideranças do setor vão se reunir com a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, na próxima semana, em agenda a ser marcada, para encontrar solução para o grave problema econômico e social resultante do fenômeno climático adverso.
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A ministra já conversou, por telefone, com o presidente da Federação Catarinense de Bananicultores de Santa Catarina, Jorge Marangoni, que é de São João do Itaperiú, e o assessor do ministério, Pedro Loyola, reuniu-se com representantes do segmento.
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Como grande parte da colheita foi totalmente perdida, vai demorar de 14 a 18 meses para uma nova safra de banana vingar, explica Jorge Marangoni. Santa Catarina é o quarto maior produtor de banana do país e é o Estado que mais exporta a fruta. Do conjunto das milhares de famílias que vivem da plantação de banana, 80% delas estão localizadas em 34 municípios das regiões de Joinville, Itajaí e Blumenau.
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O setor produz 600 mil toneladas de banana por ano e tem 2.200 produtores em todo o Estado. O negócio da bananicultura gera R$ 500 milhões por ano em valor bruto da produção. As perdas estimadas chegam a R$ 350 milhões, diz Marangoni.
— Nos últimos três anos tínhamos reconquistado os mercadores da Argentina e do Uruguai. Agora, com essa situação, os importadores desses dois países voltarão a comprar do Equador, da Costa Rica, da Bolívia.
Embora o setor não seja endividado — só 20% do total das famílias buscam recursos para custeio — falta capital de giro para enfrentar os próximos meses. Por isso, no encontro com a ministra, os líderes dos bananicultores vão pedir linhas de crédito a juros favorecidos para reerguer a cultura da banana, tão importante para a agricultura catarinense.
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