Nas negociações para acordo coletivo de trabalho, o máximo que os sindicatos de trabalhadores estão conseguindo, neste ano, é a reposição das perdas inflacionárias dos últimos 12 meses. O fato, já admitido por lideranças de trabalhadores, e até mesmo pelo Dieese, dão o tom da crise econômica vivida neste 2020 de pandemia do novo Coronavírus.

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O estrago nos negócios resultou em queda de vendas, aumento do desemprego, jornada e salários reduzidos – e estes fatores, conjugados à enorme incerteza no curto prazo, implica na cautela nas conversações sindicais.

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos de Santa Catarina  (Dieese-SC), José Álvaro Cardoso, explica o momento:

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– A luta é pela manutenção das conquistas; tem muitos segmentos que sequer conseguem repor a inflação. Claro, isso não quer dizer que não se deva reivindicar aumento real.

Em relação ao nível de emprego, o economista  acredita que a economia vai estagnar, podendo entrar algum recurso para o governo,  mediante privatização e melhora no nível de emprego mais significativa  ficando para 2021.

Essas constatações impedem qualquer pedida de reajuste salarial com ganho real, confirma o presidente do sindicato dos mecânicos, João Brugmann.

Algumas negociações estão se estendendo por mais tempo, avançando para além da data-base da categoria, como forma de ambas as partes tentarem um acordo.

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