A crise sanitária derivada da pandemia da Covid-19 ainda assusta a todos, e o assunto domina o noticiário. Em Joinville, desde março de 2020, há mil mortes pela doença. Se a tragédia social e humana é avassaladora, na economia há algo a se comemorar.
Continua depois da publicidade
> Quer receber notícias de Joinville e Norte de SC por WhatsApp? Clique aqui
Santa Catarina mantém o menor índice de desemprego do país: um pouco maior do que 6% em relação à população economicamente ativa. Nacionalmente, a taxa é mais do que o dobro.
O que mais chama mais a atenção positivamente, é a recuperação do nível de emprego. Em fevereiro deste ano, as empresas de Joinville criaram 2.981 novos postos de trabalho — saldo entre admissões e demissões. No Estado todo, surgiram 33.900 vagas. Significa dizer que Joinville, sozinha, foi responsável por 9% do total de novos postos de trabalho criados em SC.
Monitor da vacina: veja o avanço da vacinação contra Covid-19 em SC
Continua depois da publicidade
O resultado de fevereiro é ainda melhor do que o de janeiro, quando surgiram 1676 vagas no município. No primeiro bimestre do ano, as empresas joinvilenses criaram 4.857 empregos: metade deles na indústria. Esses números apontam para uma recuperação das atividades, resume o presidente da Acij, Marco Antônio Corsini.
A mesma linha de otimismo vem do presidente da Ajorpeme, Leonardo Santana:
— Alguns segmentos da economia, como os de turismo, eventos, restaurantes, lanchonetes, continuam com negócios prejudicados ou paralisados, mas muitos outros vem em franca recuperação.
Também o presidente da CDL, José Manoel Ramos, aponta para o otimismo, embora reconheça que as vendas estão baixas.
— Aos poucos, as pessoas estão voltando a circular e, gradativamente, o consumo vai voltar. Acredito que as vendas de Páscoa vão ser maiores do que no ano passado, porque o consumo, no lar, cresceu com a pandemia. Lembro que na época de Páscoa, em 2020, voltávamos de lockdown.
Continua depois da publicidade
De sua parte, governo do Estado e prefeituras demoraram para conceber programas de efetivo auxílio aos empresários, ainda em 2020. Mais recentemente, a ajuda tem vindo. Agora, instituições financeiras, como Badesc e BRDE, farão aporte maior aos empresários.
Nesta segunda-feira, dia 29, o então governador Carlos Moisés – agora afastado do cargo para responder a processo de impeachment – mandou Medida Provisória para a Assembleia Legislativa, que prevê abertura de linhas de crédito de até R$ 1,5 bilhão.
Na prática, os micro e pequenos empresários poderão captar até R$ 100 mil; e os microempreendedores individuais até R$ 10 mil. A carência é de 12 meses, juro zero e o prazo para pagamento é de 36 meses. A contrapartida exigida é a manutenção dos empregos durante o período de carência.
A Covid-19 já matou mais de 300 mil brasileiros. Em Joinville já são mil mortos desde março do ano passado. A pandemia, que já dura mais de um ano, também fez estragos enormes na economia: no ano passado desorganizou os negócios de variados setores econômicos, trouxe fechamento de empresas, reduziu o ritmo de atividades de muitas outras e alterou as relações de trabalho, resultando em perplexidade generalizada.
Continua depois da publicidade
Um ano depois, as pessoas já se acostumaram com as incerteza do cotidiano. Os sucessivos decretos — estaduais e municipais — ora limitando mais, ora afrouxando as restrições de circulação de pessoas e os horários de trabalho — já não surpreendem.
Sete crianças morrem por Covid-19 em menos de 30 dias em Santa Catarina
> SC oficializa critério que define quem tem direito a leito de UTI quando há lotação