Em janeiro de 2020, os custos com serviços na unidade de terapia intensiva do Hospital Municipal São José, em Joinville, somaram R$ 1,96 milhão. Foram feitas 94 internações, com tempo médio de estadia de 11 dias. Somente com folha de pagamentos foram pagos 1,69 milhões. E o custo estimado de diária na UTI é de R$ 1.900 por pessoa.
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Os insumos diversos exigiram desembolso de R$ 91,2 mil, e os medicamentos, outros R$ 25,4 mil. Estas são as principais contas. Dá pra imaginar que, com o aumento iminente dos casos de Coronavírus na cidade, que os gastos deverão crescer.
No ano passado, o relatório da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Joinville mostrou que, só em 2019, houve 1.113 internações na UTI do Hospital São José, com média de 60 dias de internação por paciente. Uma outra leitura: com a soma das internações feitas no hospital em todos os seus espaços – e não só na UTI – foram 11.605, o que representa tempo médio de internação geral de pouco mais de dez dias.
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Outros números oficiais também impressionam e contam como o sistema público de saúde municipal está sobrecarregado. Vamos a eles:
Os profissionais do Hospital São José fizeram 179.384 atendimentos durante os 365 dias de 2019; a média diária é de 491, significando mais de 20 pessoas atendidas por hora para as mais diferentes queixas.
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Os prontos-socorros municipais fizeram 541.655 atendimentos no ano passado. Esse fato resultou em 1.484 atendimentos diariamente. Enquanto isso, os serviços de atenção primária prestaram 1.643.571 atendimentos para situações menos complexas, com média diária de 6.708.
Os números dão bem a ideia da enorme quantidade de pessoas que procuram os serviços públicos do município – muitos deles residentes em cidades vizinhas, a estrangular a capacidade de atendimento, especialmente no São José, que é referência regional.