Santa Catarina tem muito a celebrar com o sucesso da manobra de um navio de 300 metros de comprimento e 48,3 metros de largura, realizada na quinta-feira, dia 16, na nova bacia de evolução do complexo portuário de Itajaí, avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.
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Esta é uma etapa importante para que o complexo portuário possa receber navios com até 350 metros de comprimento, atendendo modelos de embarcações que vão operar na costa brasileira. Os investimentos realizados garantem a consolidação do estado como um dos mais importantes complexos portuários da América do Sul na movimentação de contêineres.
Aguiar também destaca que os investimentos mantêm a competitividade da infraestrutura catarinense para atender as demandas da indústria do estado e do país.
— A indústria está otimista para ampliar as exportações. Melhorias como estas estão em concordância com o aumento da nossa participação no mercado internacional. Como exemplo, temos a carne suína catarinense, que apresentou um aumento de 35% no volume embarcado em 2019 na comparação com o mesmo período em 2018.
O presidente da Fiesc também ressalta os desafios na área portuária.
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— Os portos dependem, além dos acessos marítimos, de acessos terrestres. Por isso, deve ser priorizada a melhoria da segurança e capacidade dos nossos eixos rodoviários. A BR-101 já apresenta níveis críticos de serviço, principalmente no entorno das cidades de Itajaí, Camboriú, Itapema, Joinville e Florianópolis. Nossos corredores estratégicos, como a BR-470, 282, 280 e 285, necessitam de investimentos na ampliação da capacidade, manutenção e melhoria na segurança – alerta.
Aguiar também chama a atenção para o complexo ferroviário catarinense, proposto pela federação.
— A conexão ferroviária dos nossos portos com a malha nacional garantirá o futuro da eficiência na cadeia de suprimento e distribuição da cadeia logística da indústria, tanto no mercado doméstico quanto internacional, além da segurança, integridade e eficiência dos nossos corredores rodoviários”– defende. Outro desafio é garantir recursos para o aprofundamento do canal de acesso da baía da Babitonga, o que possibilitará ao complexo portuário constituído pelos Portos de Itapoá e São Francisco do Sul operar navios de maior dimensão.