O acadêmico de de Ciências da Computação, da Faculdade Anhanguera, Lucas Roberto Hubern, de 25 anos, foi um dos vencedores no Hackvision, evento voltado para a promoção da saúde ocular e prevenção à cegueira promovido pelo Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, o Grupo Opty e a Magrathea Labs, em Joinville. A proposta de Lucas e sua equipe foi uma das três vencedoras por levar informação segura e confiável sobre saúde ocular e cegueira de forma inovadora, utilizando um chatbot (espécie de bate-papo virtual conduzido por um robô inteligente).

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A premiação foi uma bolsa de estudos no valor de R$ 9 mil para aprimorar a ferramenta em um programa de inovação aberta de solução de Inteligência Artificial. A partir de janeiro, ele iniciará em um estágio de seis meses em empresas de saúde, tecnologia e design da região.

Segundo Lucas, a tecnologia auxiliará no pré-atendimento de pacientes com dificuldades visuais. Em vez de buscar informações não confiáveis na internet, quem tiver dúvidas poderá ter um atendimento especializado sem precisar se deslocar ao hospital. Por meio do chat online, guiado por inteligência artificial, a conversa indicará desde a gravidade da lesão até, se for o caso, o encaminhamento de urgência ao hospital. “A ferramenta permite divulgar informações sobre problemas de visão que nem todos sabem identificar. Será a primeira solução do tipo em Santa Catarina”, conta o estudante.

A professora, Gisely Feubach Otoni, foi uma das mentoras na área de inovação e análise de negócio das ideias apresentadas durante o Hackvision. Ela conta que a maratona foi inspirada pela iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ampliar a conscientização da sociedade em prol da diminuição da cegueira evitável.

De acordo com o primeiro relatório mundial sobre visão publicado pela organização da ONU, divulgado em outubro, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo estão vivendo com deficiência visual por não receberem os cuidados dos quais necessitam para condições como miopia, hipermetropia, glaucoma e catarata.

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Para Lucas, a experiência de aliar a tecnologia com um propósito social lhe deu outra perspectiva na carreira como programador. “Hoje sei que não basta ter as habilidades técnicas. A maratona nos desenvolve de forma mais integral, treinando nossa capacidade de trabalhar em equipe, traduzir um problema da sociedade e um negócio, além de exigir a capacidade de se relacionar com profissionais diferentes. Me sinto mais confiante”, afirma.