Bom humor, esperança e otimismo são as ferramentas da enfermeira Maricélia Melo, do Ambulatório de Oncologia do Hospital Municipal São José, para ajudar no cuidado dos pacientes que fazem tratamento contra o câncer. Ela explica o motivo. “O diagnóstico impacta muito negativamente para o paciente. Por isso, quando chega aqui, tentamos fazer com que esta etapa seja mais leve. Tento mostrar que trata-se de uma fase, para que tenham uma visão mais positiva”, conta ela.
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Com esse objetivo, segundo a Maricélia, não são as possíveis reações adversas da quimioterapia que merecem foco, e sim, o processo curativo que a medicação está promovendo. “As reações variam de pessoa para pessoa, e algumas realmente não sentem nada. Então, parto da ideia de que a pessoa que está chegando pode ser uma que passe por menos efeito colateral, informando, claro, que se ocorrer estaremos lá para orientar e ajudar”.
Maricélia, servidora do HMSJ há 18 anos, atua há 14 anos no setor de Oncologia, sendo 3 deles no Ambulatório. Se considera tímida, mas descobriu o poder de influenciar positivamente com seu alto astral, tanto os pacientes como sua equipe. No dia a dia, ao acompanhar o tratamento dos pacientes da quimioterapia, a equipe acaba criando um vínculo.
Desde o ano passado, para marcar um momento importante do tratamento, o fim das seções de quimioterapia, foi instalado um sino no espaço do ambulatório, doação do marido de uma paciente que concluiu suas seções. Hoje, o sino é um símbolo de celebração para quem toca e para outros pacientes. “Eles nos chamam para acompanhar este momento tão importante”, relata Mari. Quando acompanha alguém, ela sempre pronuncia algumas palavras, lembrando que não foi tão simples ou fácil, mas que a esperança foi maior. “Como criamos uma certa proximidade, fico realmente feliz com a vitória deles”, diz Maricélia.
Denise Romansini foi uma das pacientes que tocou o sino, acompanhada do marido, filho, amigos e outros familiares, no dia 19 de janeiro. Atualmente, Denise tem voltado ao hospital, para alegra outros pacientes. Assim como Maricélia, Denise acredita que doses de alegria também contribuem para a recuperação dos pacientes.
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