A ideia era criar um espaço para suprir a falta de oportunidades dentro do esporte para pessoas com deficiência, em Joinville. Foi assim que em 2002, surgiu o CEPE – Centro de Esportes Para Pessoas Especiais. Começou com o basquete em cadeira de roda. Depois se expandiu para outras modalidades. “Hoje nós também temos a natação, o bocha paraolímpica, o futebol sete e o atletismo, além da escolinha para as crianças”, explica Ana Teixeira, professora de educação física e uma das fundadoras da ONG.
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De acordo com Ana, a partir dos cinco anos, as crianças podem começar na escolinha ou Cepinho como também é chamado. “Até os 12 anos, elas têm a vivência em várias modalidades esportivas. Depois, acabam se dedicando inteiramente a modalidade que mais se identificaram a gostaram de praticar”, explica.
Foi assim com o Vitor Cambruzzi. Ele começou no Cepinho aos seis anos, e depois resolveu pratica apenas o basquete em cadeira de rodas. Hoje ele está com 18 anos. Já participou de várias competições e faz parte da seleção catarinense de paradesporto. “O basquete mudou completamente a minha vida. Ele me trouxe amizades, confiança e superação. Eu não penso em parar tão cedo com o esporte”, destaca ao jogador.
Desde que a ONG foi criada, mais de 270 pessoas já foram atendidas pelo projeto. As atividades com o basquete são realizadas no Ginásio Ivo Varella, no bairro Boa Vista. Já as demais modalidades acontecem em alguns espaços da Univille por meio de uma parceria com a instituição.
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Por causa do trabalho a entidade se tornou referência no que faz e passou a ser reconhecida como a primeira do Sul do Brasil a fomentar o esporte paralímpico. Atualmente o CEPE conta com 54 participantes entre atletas e alunos, além dos profissionais que dão suporte técnico das áreas de educação física, jurídica, nutricional.
O Edenilson Floriani teve sua vida completamente transformada em 2011, depois de um acidente de moto. Ele perdeu os movimentos do joelho e passou a se dedicar ao esporte. Hoje é um dos principais atletas do CEPE no lançamento de disco. Segundo ele, as atividades no projeto vão muito além do que a dedicação profissional. “Aqui, além de eu ter melhorado como pessoa, também encontrei uma família”, afirma.
A ONG é mantida com doações, patrocínios e participação em editais. Até os próprios atletas colaboram para manter os trabalhos na entidade.
Quem tem interesse em participar das atividades do CEPE pode fazer contato pelas redes sociais da ONG ou ainda pelo departamento de paradesporto da Secretaria de Esportes de Joinville.
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