É claro que durante a pandemia muitas coisas precisam ser restritas. A prioridade total é a saúde da população. Entretanto, precisa haver coerência e bom senso nas atitudes.
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Essa semana, a prefeitura da Capital e o governo do Estado deram um canetaço e tomaram algumas medidas bem questionáveis.
Em Florianópolis, shoppings foram fechados. Bares e – principalmente -restaurantes ficaram proibidos de abrir no período noturno. Esses setores vinham, em sua maioria, cumprindo – rigorosamente – todas as regras impostas pelas autoridades da OMS. Além do prejuízo pelo período fechado durante a quarentena – nos meses de março e abril – todos esses segmentos, para retornarem com suas atividades, precisaram investir em treinamento e equipamentos de segurança. Agora, do dia para a noite, tiveram suas portas lacradas por um decreto.
Já a administração estadual, no fim da última sexta-feira, dia 27, proibiu todos os drive-in catarinenses de funcionar até o dia 5 de julho.
As duas esferas, municipal e estadual, vetaram a população do conforto – e da segurança – dos shoppings e de uma das poucas diversões que restavam aos catarinenses: o drive-in.
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Lamentavelmente, enquanto isso, no centro da Capital, as ruas estão cada vez mais cheias – sem nenhum tipo de controle e com pouquíssima fiscalização.
Já o transporte público, que mistura e confina a população num ambiente fechado, está liberado. Porém, curtir um filme ou um espetáculo artístico, dentro do seu próprio veículo, com todas as regras exigidas pelas autoridades internacionais, pode causar – segundo as autoridades catarinenses – um enorme problema para a saúde do Estado.
Tenho a mais absoluta certeza que o prefeito da Capital e o governador do Estado estão em busca do melhor para a comunidade. Mas dessa vez, todos eles, tornaram a pandemia num pandemônio de ideias, regras e ideologias difíceis de digerir.