No dia 4 de maio, um grupo bipartidário (Democratas e Republicanos) de senadores do Congresso Americano introduziu um projeto de lei no Senado para recapturar 40 mil vistos de residência permanente – os famosos “Green Cards” – que não foram utilizados ao longo de três décadas e com isso reservar tais Green Cards para médicos e enfermeiros estrangeiros.

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Todo ano fiscal do governo americano, que vai de primeiro de outubro de um ano até 30 de setembro do ano seguinte, são disponibilizados aproximadamente 140 mil Green Cards através de petições de trabalho, incluindo os vistos EB-1, para profissionais com habilidades extraordinárias, e EB-2 NIW, para profissionais com projetos com considerados de interesse nacional dos Estados Unidos.

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Contudo, vários desses 140 mil Green Cards não são alocados para os estrangeiros em sua totalidade durante um ano fiscal. Os vistos de residência permanente que não forem utilizados durante o ano fiscal, não serão repassados para o ano fiscal seguinte e acabam sendo desperdiçados.

O que esse grupo de senadores pretende fazer é uma espécie de repescagem para recapturar 40 mil desses Green Cards que não foram utilizados durante as 3 últimas décadas e repassar para os profissionais de saúde. Estima-se que um total de 200 mil Green Cards foram perdidos ao longo desses anos.

Entretanto, isso não significa que serão criados 40 mil novos vistos de residência permanente em adição aos 140 mil vistos já disponíveis todo ano fiscal. Mas apenas fazer uma repescagem para recapturar 40 mil Green Cards que estavam disponíveis em um dado momento mas que nunca foram utilizados. O objetivo é alocar esses 40 mil Green Cards da seguinte forma: 25 mil para enfermeiros e 15 mil para médicos.

Para ter uma ideia da extrema necessidade que os Estados Unidos tem em contratar profissionais na área de saúde, o Instituto Federal de Estatísticas do Trabalho americano (U.S. Bureau of Labor Statistics) estima que o país vá precisar contratar um adicional de 200 mil enfermeiros até o ano de 2026.

Da mesma maneira, existe uma defasagem significativa de médicos nos Estados Unidos. A Associação Americana de Faculdades de Medicina calcula uma necessidade de contratação de 122 mil médicos ate o ano de 2032 (Association of American Medical Colleges).

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