Mafra é compositor, DJ e pesquisador. Passou por bandas, projetos, compôs com variados nomes e lançou trabalhos só e com parceiros; discotecou em muitas festas e, atualmente, dentre outras coisas, pesquisa (e apresenta/escreve sobre) música brasileira.
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Como muitos artistas, aproveitou o “recesso pandêmico” para se repensar. A partir daí, finalizou uma série de músicas que vinha gravando, decidiu assinar apenas Mafra (suprimindo o primeiro nome) e se associou ao selo Caloor.
“7º dia” é o primeiro single dessa parceria e chega às plataformas em 12 de março. A faixa, um ijexá recheado de outros elementos, concilia um ritmo de cadência pulsante e percussiva, muito associado à alegria e ao carnaval, com letra de poética pesada, em que as “imagens” tanto podem apresentar as dores de um indivíduo sendo torturado, quanto um retrato do esfacelamento moral (e institucional) do Brasil.
Diferente de outras músicas lançadas pelo selo Caloor Record – como “PPK” da DJ Grace Kelly ou “Foguinho” de Felipe Cordeiro e Psirico – “7º dia” traz elementos mais orgânicos e menos dançantes, evidenciando synths, filtros e programações. A gravação carrega em seu DNA um sabor agridoce e assim amplia os horizontes auditivos – trazendo uma brisa fria típica de Florianópolis para o caldeirão tropical-digital.
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