Faleceu na última segunda feira, dia 13, e foi sepultado na terça feira no cemitério do Itacorubi, o engenheiro civil e professor catarinense João Maria de Oliveira.

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João era natural de Florianópolis, formado pela Universidade Federal do Paraná em 1956 e foi um dos primeiros engenheiros civis em Santa Catarina, com longa carreira dedicada ao serviço público, tendo sido assessor técnico de vários governadores catarinenses.

Oliveira foi professor da UFSC desde o seu início e formou inúmeras gerações de engenheiros catarinenses.

Personalidade reconhecida nos vários círculos em que atuou, deixa sólidas memórias e o seu exemplo pessoal e profissional.

Uma perda profundamente sentida para nosso meio.

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Aos 90 anos de idade, João Maria de Oliveira faleceu em razão de complicações pela idade.

O engenheiro deixa viúva Dolma Magnani de Oliveira, advogada e artista plástica, e os filhos Luís Fernando Magnani de Oliveira, engenheiro eletricista, Henrique Magnani de Oliveira, engenheiro civil, e Jenny Magnani de Oliveira, Advogada, além dos netos Mateus, Victoria, Laura, Franco, Roberto e Artur.

Nos últimos anos de sua vida, João se dedicou – ao lado da esposa dona Dolma – à Escola de Pais do Brasil, secional Grande Florianópolis, dedicando-se voluntariamente com a finalidade de estruturar um movimento que pudesse ajudar os pais na difícil tarefa de educar os filhos.

Com muita propriedade, já que eram grandes amigos, Aloisio Amorim escreveu um belo depoimento que compartilhamos aqui:

“O engenheiro civil João Maria de Oliveira (foto ao lado) faleceu nesta segunda-feira, 13 de julho de 2020, aos 90 anos de idade. Tive a oportunidade de conhecê-lo há muito anos. Portanto escrever esta postagem é doloroso, porque sempre mantive com João Maria uma ótima amizade e com ele pude conhecer nuances da política catarinense.

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Nos últimos anos mantivemos contatos frequentes e, invariavelmente, a conversa girava em torno da política num dos cafés do Beiramar Shopping. Aliás, João Maria era, além de engenheiro civil, apaixonado pela política e tinha muitas histórias para contar, haja vista que viveu intensamente boa parte da história política catarinense, senão a mais importante. Além disso integrou a equipe do histórico governo de Celso Ramos quando foram erguidos os pilares que iriam sustentar a industrialização do Estado, principalmente.

João Maria de Oliveira graduou-se em 1956 em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná, haja vista que até então o Estado catarinense ainda não dispunha de curso de engenharia. Aliás, João Maria esteve entre os que contribuíram para a criação das engenharias da UFSC, estando entre os primeiros professores da Faculdade de Engenharia Ciivil da UFSC.

Mas João Maria de Oliveira não era apenas um profissional de engenharia. A política também o fascinava e estava sempre pronto para conversar ou debater aspectos da política nacional e local. Com excelente memória discorria com facilidade sobre os acontecimentos da política catarinense, mormente daquele período da história de Santa Catarina marcado pela batalha entre os dois maiores e mais influentes partidos políticos da época: o PSD e a UDN. Do lado do PSD estava a família Ramos enquanto a UDN tinha à frente as famílias Konder e Bornhausen.

No tocante a esse interregno da história política catarinense João Maria de Oliveira era imbatível, particularmente no que respeita ao período que culminou com a vitória do PSD levando Celso Ramos ao Governo do Estado. E como não poderia deixar de ser João Maria de Oliveira, que era engenheiro do antigo DER, acabou sendo incluído como assessor de destaque na equipe do Governo Celso Ramos.

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Enfim. João Maria de Oliveira gostava muito de discorrer sobre a história da política e da economia de Santa Catarina até porque testemunhou e assessorou a tomada de decisões políticas e econômicas, sobretudo durante o Governo Celso Ramos, quando foi plantada a infraestrutura que anos mais tarde tornou-se fundamental para transformar Santa Catarina num centro industrial de importância nacional e internacional. Destaca-se nessa época o Plameg – Planos e Metas do Governo, órgão criado pelo Governador Celso Ramos.

À família enlutada meu profundo sentimento e pesar” – Aloisio Amorim