Fazer pão é uma das coisas mais terapêuticas que existem na cozinha. A mágica de misturar ingredientes simples, sovar até obter uma massa elástica, lisinha e homogênea é uma das coisas que mais me encantam. Se eu já era uma pessoa que gostava de pão antes de aprender a fazer um, me tornei ainda mais apaixonada depois das aulas de panificação na faculdade de Gastronomia.
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Eu aprendi a fazer pão com uma chef de cozinha especialista em pães e doces, a Vanusa Rossi, que mora lá na Vila Itoupava. Vê-la em ação era algo tão inspirador que eu fiquei tão louca por pães na época que comecei a fazer mil receitas com fermentação natural, levava às vezes dois dias para obter um filão médio. Sonhava em ter minha própria padaria, fui fazer cursos em São Paulo. Pisciana com sol na casa 2, minha gente.
Esse amor acabou dando uma esfriada com a correria do dia a dia. O fermento natural ficou para atrás por pura preguiça (quem sabe uma hora eu retomo), mas os pães realmente voltaram a aparecer com mais frequência no forno lá de casa com a pandemia do novo coronavírus.
Ver as pessoas descobrindo como fazer seu próprio pão realmente me animou. Agora, tenho preferido pães recheados, com massas mais incrementadas. E este pãozinho de linguiça Blumenau recheado com queijo é um desses. Fácil de fazer, vale como acompanhamento nas tábuas de frios que costumamos comer aos sábados lá em casa. O perfume defumado da Linguiça Blumenau conquista logo de cara e o visual desse pão é bem gracioso. Para acompanhar, boa música, cerveja e ótimas conversas – mesmo quando elas rolam via chamada de vídeo =)
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Ingredientes:
Massa:
60ml de água morna
180 ml de leite integral morno
1 colher (chá) de açúcar
10 g de fermento biológico seco
1 ovo grande
30g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
20ml de azeite de oliva extra virgem
315g de farinha de trigo comum (separe mais uns 100 g para dar o ponto, caso seja necessário)
70g de farinha de trigo integral ou de centeio
100 g de linguiça blumenau moída
Orégano a gosto
Pimenta do reino a gosto
Alho picadinho a gosto
Sal a gosto
Recheio:
200g de queijo muçarela ralado grosseiramente
Para pincelar:
1 ovo batido com meia colher (chá) de água
Preparo:
Comece hidratando e diluindo o fermento biológico com a água morna. Misture já o açúcar também.
Numa batedeira planetária (use o gancho), ou numa bacia, misture as farinhas de trigo branca e integral, o sal, a pimenta do reino, o orégano e o alho. Comece a adicionar o leite aos poucos, em seguida acrescente o fermento e vá misturando. Por fim, acrescente a manteiga, o azeite de oliva e o ovo.
Neste momento, transfiro a massa para uma bancada, com um pouco de farinha na superfície, e começo a sovar. Aos poucos vou acrescentando mais farinha de trigo até achar que a massa está lisa, homogênea e elástica. Não é necessário sovar muito, ela logo pega o ponto.
Coloque a massa para descansar em um recipiente, cubra com um pano e deixe crescer até dobrar de volume. Enquanto isso, pré-aqueça o forno a uma temperatura acima de 200 °C.
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Depois, você tem dois caminhos: abrir a massa com um rolo, rechear com queijo, enrolar como se fosse um rocambole e cortar em fatias de dois dedos, mais ou menos, como num caracol. Ou então separar a massa em bolinhas de tamanho médio, rechear com o queijo e bolear novamente.
Escolhi fazer em formato de caracol porque acho mais bonito. Já cortados, as fatias passam por um segundo processo de fermentação, até dobrar de tamanhfo. Em seguida, é só pincelar a gema misturada com água e levar ao forno por algo entre 15 e 20 minutos – dependendo do seu forno. Quando estiverem bem douradinhos, eles estão prontos. Sirva ainda morno com o queijo derretendo deliciosamente.