Parte dos presos de uma galeria do Presídio Regional de Criciúma se recusou a voltar para as celas e deu início a uma confusão na manhã desta segunda-feira. Com a negativa dos detentos, os agentes penitenciários utilizaram granadas de som e luz para conter a ação, que foi contornada em seguida. Por questões de segurança, as visitas agendadas para hoje foram canceladas. Segundo o Departamento de Administração Prisional (DEAP-SC), e a programação volta à normalidade nesta terça-feira.
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De acordo com o presidente da comissão de Assuntos Prisionais da OAB Criciúma, Marco Antônio Zappelini, os presos querem dialogar com a direção do presídio sobre as revistas durante os dias de visita. Segundo Zappelini, detentos relatam que em casos onde o scanner corporal é usado e há duvidas sobre a imagem, o visitante é automaticamente proibido de fazer a visita, sem passar por um novo procedimento.
— Existem alguns questionamentos sobre avaliação das imagens corporais. Existe o scanner e a interpretação da imagem, que se mostrava algo suspeito, a pessoa era impedida de entrar e suspensa por 30 ou 60 dias. Muitas delas se colocaram à disposição para exames mais detalhados, que não foram feitos — explicou.
Os presos argumentam que muitos parentes vêm de outras cidades e que não conseguem realizar as visitas. Em nota, a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (SJC-SC) e DEAP confirmaram que os detentos do Presídio Regional de Criciúma "iniciaram um movimento de subversão, cujo motivo ainda está sendo investigado". Ainda de acordo com a comunicação oficial, não houve mortes e o tumulto foi controlado rapidamente por agentes penitenciários.
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