Por Renan Medeiros, interino*

Com a paralisação nacional do transporte de cargas, a geração de energia elétrica encontra dificuldades por causa da escassez do material necessário às operações. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, tem hidrogênio para mais quatro dias de funcionamento. O insumo é usado para resfriar os geradores.

Continua depois da publicidade

Para solucionar o problema, a empresa está buscando escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para trazer o hidrogênio de Terra de Areia (RS) até Capivari de Baixo.

— A empresa agradece os esforços dos governos estaduais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que apoiaram o deslocamento deste insumo fundamental. Com mais essa carga de hidrogênio, o complexo ganha um fôlego para mais 15 dias de operação — explicou, em nota, o CEO da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini.

Conforme o executivo, ainda há carvão suficiente no complexo para mais três meses, e a única preocupação no momento é o hidrogênio.

Continua depois da publicidade

— A falta de um insumo crítico como esse pode paralisar a geração no complexo termelétrico e, consequentemente, dificultar a operação do sistema de fornecimento de energia no Sul do País, em momento em que a hidrologia não está favorável na região — alertou Sattamini.

O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda tem capacidade instalada de 857MW, que corresponde a 0,6% da capacidade total instalada no Brasil e 27% das térmicas a carvão.

A dependência das usinas térmicas varia conforme a disponibilidade de outras fontes. Atualmente, 10% da geração no Sul do Brasil é feita por esse tipo de fonte, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico.