Por Renan Medeiros, interino*
Leandro Baltazar, 37 anos, apresentou-se na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Araranguá por volta das 16h desta quinta-feira (12), acompanhado de um advogado. Ele é suspeito de liderar um esquema de pirâmide financeira que lesou ao menos 300 pessoas de todo o país.
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— Eu não vou entrar precipitadamente no mérito da questão, mas um ponto que merece reparo é a informação de que ele teve um aproveitamento econômico de aproximadamente R$ 2 milhões. Isso será facilmente combatido com o simples acesso às contas vinculadas a essa pirâmide financeira. Nem R$ 2 milhões, nem R$ 1,5 milhão, nem R$ 1 milhão e nem meio milhão — afirmou o defensor de Baltazar, Diego Caldas.
Segundo o advogado, o suspeito vai colaborar para que todo os fatos sejam esclarecidos. Depois do depoimento, Baltazar foi liberado.
Promessas fora da realidade
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As pessoas que fizeram os “investimentos” relataram a promessa era de retornos de 15% a 25% ao mês (equivalente a 65 vezes o rendimento da caderneta de poupança atualmente). No início, os clientes conseguiam resgatar o dinheiro, mas depois de um tempo, quando aumentaram os aportes, Baltazar sumiu e não fez mais contato. Há relatos de pessoas que confiaram até R$ 80 mil a ele, mas a polícia ainda investiga os detalhes.
Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Araranguá estão desde terça-feira trabalhando no caso. O homem já foi candidato a vereador na cidade do Extremo-Sul de Santa Catarina.
Segundo o delegado Fernando Lúcio Mendes, responsável pelo caso, há ao menos 300 pessoas que caíram no golpe. Elas são de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, mas é possível que haja mais em outros estados. No site da empresa, a informação é de que havia 2 mil clientes.
— Estamos analisando o caso ainda, mas o mais provável é que peçamos o bloqueio das contas dele e, a partir daí, vamos seguir o dinheiro — antecipa o delegado. O homem pode ser indiciado por estelionato, cuja pena prevista no Código Penal é de um a cinco anos de reclusão.
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Testemunhas também estão sendo ouvidas pela Polícia Civil. A participação de outras pessoas não está descartada. Se denunciado à Justiça, o suspeito ainda terá a oportunidade de tentar provar inocência.
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