Quinze meses após o incêndio que destruiu parte do Centro Cultural Jorge Zanatta, em Criciúma, o local será reaberto dia 14 de dezembro. O processo de restauração iniciou no começo deste ano e custou cerca de R$ 1,5 milhão. Um terço do valor da obra foi bancado com recurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o restante com apoio da iniciativa privada e contrapartida do município.
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Com data marcada, a programação para a reabertura do local também começa a tomar forma. São esperadas apresentações culturais e já está confirmada uma exposição de arte com trabalhos de pelo menos 20 artistas locais. Apesar do cuidado em manter as características originais do prédio, algumas melhorias foram necessárias, como a acessibilidade para cadeirantes. A arquiteta Julia Dias Gomes, responsável pela restauração, disse que o trabalho foi minucioso.
— Houve muito cuidado por se tratar de uma restauração de uma edificação tombada, respeitando as características de edificação, o seu tempo e tudo o que ela representa para a cidade. Foram buscados materiais semelhantes, o que ocorreu com peças de ladrilho, revestimento cerâmico, forro e assoalho, respeitando as dimensões e estilo — explicou.
O prédio, que pertencia à União e foi durante anos um dos escritórios do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), foi cedido ao município. Além de Centro Cultural, o local também será sede da administração da Fundação Cultural de Criciúma (FCC) e do arquivo histórico do município. Para a instalação e manutenção da galeria de artes, café, biblioteca pública e galpão de artes, a Fundação Cultural de Criciúma abrirá o edital de chamamento público.
Para o presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Serginho Zappelini, ter o local restaurado é um novo momento para a cultura local, que volta a ter um ponto de referência bem no coração da cidade.
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— Existe o fator de transformação humana, de quem passa por aqui, é uma efervescência cultural. As pessoas fazem aula, têm suas ideias, é um processo criativo muito grande que surge dessas paredes. Desde o início de década de 90, quando começou o trabalho cultural neste espaço, agora ele se consolida como propriedade do município — comemorou.
