*Por Renan Medeiros, interino
Policiais civis da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma conseguiram libertar, na tarde dessa quarta-feira (16), um pescador de 50 anos que havia sido sequestrado na segunda-feira, em Araranguá. O homem estava mantido em cárcere privado num motel em Criciúma, e com ferimentos leves quando foi resgatado.
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Os quatro sequestradores foram presos no bairro Renascer, também em Criciúma, e já estão reclusos no Presídio Santa Augusta. São três homens e uma mulher – esposa de um deles -, com idades entre 28 e 35 anos. Eles vão responder por extorsão mediante cárcere privado.
A família percebeu a ausência do homem já na segunda, mas não chegou a procurar a polícia de imediato. No dia seguinte, os sequestradores entraram em contato com o filho da vítima e manifestaram interesse em negociar um pagamento de aproximadamente R$ 8 mil para liberá-la.
Para confirmar que o homem estava com vida, os sequestradores encaminharam um vídeo de um segundo por Whatsapp para a família, que, então, procurou a polícia na quarta-feira.
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Local identificado
Os investigadores da DIC conseguiram, a partir desse vídeo, identificar o local onde a vítima estava mantida: um motel em Criciúma. No local, foi encontrado um sequestrador, mas o pescador não estava mais no motel.
— Continuamos a busca para encontrar a vítima. No início da noite, encontramos o local onde ela estava, junto com dois sequestradores. Eles tentaram fugir, mas conseguimos prendê-los — explicou o delegado Yuri Miqueluzzi, que conduziu as investigações.
A vítima comentou que foi capturada em Araranguá e levada a Criciúma por três criminosos, que a levaram ao motel. A Polícia suspeita que os sequestradores já tenham feito raptos semelhantes para cobrar dívidas de drogas, mas mantendo as vítimas com pouco tempo em cárcere. Esta teria sido a primeira vez que eles sequestraram alguém para extorquir um valor mais alto. Os criminosos já sabiam que a família teria condições de arcar com o pagamento.
Todos os sequestradores tinham histórico criminal por crimes como tráfico de drogas, furtos e roubos. A vítima não tinha passagem policial e preferiu não informar a polícia se é usuária de drogas ou não. O possível envolvimento do proprietário ou de funcionários do motel será apurado.
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