Por Renan Medeiros, interino*

A Polícia Civil cumpriu nessa segunda-feira (16) um mandado de prisão preventiva contra o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, de 36 anos. Ele é acusado de ter matado a namorada com golpes na barriga no dia 8 de maio. A vítima foi a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, encontrada morta no apartamento do namorado, em Imbituba.

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A prisão preventiva foi decretada porque o oficial de cartório estava descumprindo medidas cautelares, ameaçando pessoas envolvidas na investigação e fazendo uso de bebidas alcoólicas.

A defesa ainda não se manifestou no processo movido pelo Ministério Público contra o acusado. O prazo está em andamento.

As investigações concluíram que Isadora telefonou para a família de Paulo para socorrê-lo depois que ele passou mal por causa do uso de drogas. O homem teria ficado furioso, porque a família não sabia do vício. Uma amiga de Paulo foi acusada de ajudá-lo a limpar a cena do crime e também responde ao processo, mas em liberdade.

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De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), as lesões no abdômen de Isadora foram "decorrentes de ação mecânica de alto impacto e provavelmente de forma repetitiva", como "múltiplos chutes, joelhadas e socos", e "são impossíveis de serem alcançadas sem intermédio de outro ser humano, considerando o cenário de um apartamento".

Em junho, o juiz Welton Rubenich havia negado a prisão preventiva por entender que Paulo não representa perigo à sociedade, por "ser primário e possuidor de bons antecedentes". Ao invés disso, aplicou medidas cautelares, como a proibição de frequentar bares e boates, ingerir bebida alcoólica, deixar o país e se aproximar de pessoas que tenham sido testemunhas no inquérito.

Algumas dessas medidas foram descumpridas e a prisão preventiva foi decretada.

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