Por Renan Medeiros, interino*
Moradora de Tubarão, a aposentada Ana Dandolini de Souza até achou estranho, mas acreditou na suposta agente de saúde que se apresentou na casa dela três dias atrás e informou que o governo iria reembolsar os idosos que gastassem mais de R$ 100 por mês com medicamentos.
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A "agente" pediu para que fosse colocado em um envelope os cartões e dados da conta bancária de Ana e do marido, incluindo as senhas, para que o dinheiro fosse depositado. Ao fim, disse que caberia ao próprio casal levar o envelope até o banco.
A surpresa veio na última terça-feira, quando o marido desconfiou de toda a situação. Ele foi até um posto de saúde. Os funcionários verificaram que dentro do envelope que o casal tinha não estavam os dados deles, mas de outra pessoa. A falsa agente de saúde havia trocado sem que eles percebessem.
O prejuízo do casal de idosos com o golpe foi de mais de R$ 20 mil, entre saques e compras feitas com o cartão. Eles tentarão, na Justiça, reaver o dinheiro perdido.
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— Tanto que a gente trabalha e, nessa hora, levam todo o dinheiro que a gente tem — lamenta Ana.
O caso está sendo investigado e ninguém foi preso, mas a Polícia Civil alerta que não é comum que servidores públicos solicitem dados bancários, de cartão de crédito, senhas e código de segurança, especialmente em visitas a domicílio.
— Essas são informações que jamais devem ser fornecidas — ressalta o delegado Rubem Teston, de Tubarão.
Golpes semelhantes também foram registrados em Florianópolis e Joinville. Em alguns casos, o contato é por feito telefone. A polícia acredita que possa haver relação ou até se tratarem dos mesmos criminosos.
— As pessoas que praticam esses crimes costumam ser itinerantes, mudando de cidade em cidade a cada dia. Por isso é importante que as vítimas procurem a polícia o quanto antes, porque precisamos ser extremamente céleres nesses casos — explica o delegado.
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