Por Renan Medeiros, interino*

Os produtores de aves e suínos no Sul de Santa Catarina estão desesperados com a falta de insumos para alimentar os animais, já que os produtos não estão chegando por causa da paralisação nacional dos caminhoneiros. O relato é do presidente da Associação de Avicultores da Região Sul, Emir Tezza.

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— O comércio a indústria poderão recuperar o prejuízo, mas a agricultura não. Somos quem mais sofre. Os animais estão passando fome e não temos o que fazer. Os suinocultores estão dando milho puro aos porcos, porque o farelo de soja e o concentrado estão totalmente em falta. Isso vai sair muito caro — afirma Tezza.

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Segundo o avicultor, o sacrifício dos animais não é viável por causa do dano ambiental que a medida causaria, uma vez que não há local adequado para depositar uma quantidade tão grande.

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— Mesmo assim, este é o momento de todos apoiarem as manifestações, para que o problema seja resolvido. Se o governo tivesse baixado o preço do diesel e da gasolina logo no início, todo esse caos teria sido evitado — critica o avicultor.

Juntas, as regiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão produzem anualmente mais de 800 mil cabeças de suínos (principalmente em Braço do Norte) e 117 milhões de frangos (com produção bastante distribuída entre vários municípios), segundo dados de 2016 da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).