Na contramão do número de homicídios registrados em Santa Catarina, que cresceu 9,7% no último ano, os órgãos de segurança de Criciúma comemoram os resultados da maior cidade do Sul do Estado. Nos últimos três anos, a taxa de homicídios diminuiu 71,4%, a segunda menor por cem mil habitantes. Em 2015, quando Criciúma ainda figurava entre as cidades mais violentas do Estado, foram registrados 56 homicídios no relatório da Polícia Civil. No ano seguinte, o número caiu para 32, 43% a menos, e 2017 encerrou com 16 homicídios.

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Ações como a instalação de câmaras de monitoramento, aproximação com a comunidade através de canais de atendimento e rede de vizinhos, entre outras medidas, contribuíram para esse índice. O tenente-coronel Evandro Fraga, comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma, reforça que o número de denúncias também aumentou.

A PM também intensificou as operações em áreas consideradas de risco, como o bairro Boa Vista, que foi uma região domiada pelo tráfico de drogas e hoje abriga a sede da Companhia de Patrulhamento Tático. Não somente os homicídios, mas também os registros envolvendo tráfico de entorpecentes, tiveram queda na localidade.

No caso da Polícia Civil, que investiga os crimes, o foco no serviço de inteligência para monitorar as organizações criminosas tem dado resultados. O delegado regional de criciúma, Ivaldo Gregório, lembra que hoje 155 agentes atuam na cidade, e mesmo sem reforço no efetivo, a equipe conseguiu se reorganizar e dividir os trabalhos entre a Divisão de Investigação Criminal (DIC) e as delegacias. 

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