Por Renan Medeiros, interino*
O despertador tocou às 5h na casa do vendedor criciumense Aldo Lima Neto neste feriado de Corpus Christi. Sabendo que o posto de combustíveis perto de casa já atenderia ao público nesta quinta, quis garantir um lugar na fila – que já começava a se formar na noite anterior.
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— Preciso do carro para trabalhar. Estava me virando com transporte alternativo e estava muito difícil para a minha esposa e para mim — contou o vendedor, enquanto aguardava na fila. O posto onde ele seria atendido estava cobrando R$ 4,35 pelo litro da gasolina comum.
Os poucos postos de Criciúma que estavam abertos e atendendo amanheceram com longas filas. Situações semelhantes ocorrem em Araranguá, Tubarão, Laguna e Imbituba. Alguns motoristas já empurravam os carros desabastecidos até a bomba, resultado da paralisação nacional dos caminhoneiros, que bloqueou as principais rodovias federais até esta quarta-feira.
A maioria dos postos pela região ainda não tinha combustível na manhã desta quinta. Estes atenderão assim que retornarem a Criciúma os 22 caminhões escoltados pela Polícia Militar que partiram às 5h para trazer gasolina e etanol de Itajaí. A previsão é que o comboio esteja de volta às 23h.
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Em alguns municípios da região, a Polícia Militar já anunciou regras para o abastecimento quando o atendimento normalizar. Em Cocal do Sul, por exemplo, os postos atenderão das 9h às 16h, com o limite inicial de 15 litros por carro e cinco por motocicleta.
Nas outras regiões de Santa Catarina, a situação também começa a se normalizar.