Moradores e veranistas da praia do Mar Grosso, em Laguna, tem convivido com uma situação desagradável. Há algumas semanas, o emissário oceânico que despeja o esgoto em alto-mar está entupido, e os rejeitos têm sido retirados por caminhões. Nos últimos dias, esse líquido tem escorrido pelas ruas e na orla, que são tomadas pelo forte odor.
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Na segunda-feira, a prefeitura emitiu uma nota informando que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) tem trabalhado com mergulhadores para localizar onde está a obstrução no emissário. Em paralelo, o esgoto tem sido recolhido por seis caminhões hidrojatos, e a medida não influencia na balneabilidade da praia, que está apta para banho.
Sobre ruas e calçadas bloqueadas, a prefeitura esclarece que a Casan providenciou uma tubulação provisória até a rede coletora nos Molhes. Ligações clandestinas na rede pluvial, que serão identificadas e lacradas, também colaboraram para agravar o problema no esgotamento sanitário no bairro, segundo a nota. Proprietários dos imóveis irregulares serão autuados, multados e obrigados a fazer a ligação na rede de esgoto recém-implantada.
A Casan informa que trabalha em força-tarefa com mais de 30 profissionais para desenterrar a ponta do emissário submarino, que impede o escoamento do efluente para alto-mar. Assim que identificada a ponta, a dragagem para remover as toneladas de areia que obstruem o sistema será iniciada.
Estrutura com mais de 30 anos
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O emissário submarino de Laguna foi construído em 1986 e possui com 1,5 mil metros de extensão. A tubulação subterrânea despeja o esgoto em alto-mar, aproveitando a capacidade de diluição da água.
A previsão é que a estrutura seja desativada ainda este ano, e o esgoto da região será encaminhado através de uma nova tubulação até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Vila Vitória.