Depois de dois anos de perdas na safra, a colheita do maracujá foi antecipada no Sul do Estado. O vírus que causa endurecimento dos frutos do maracujazeiro (CabMV), e que causou um prejuízo de R$ 5 milhões nos últimos dois anos, está sob controle. A utilização de mudas maiores, uma das medidas recomendadas contra a doença, permitiu tirar as frutas do pé um pouco mais cedo este ano.
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Um ato simbólico em Balneário Gaivota marcou a abertura da colheita, com a participação de 70 agricultores. Eles também tiveram um dia de campo sobre a cultura do maracujazeiro. Para o gerente regional da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) de Araranguá, Reginaldo Ghellere, o encontro marca um novo momento depois dos problemas enfrentados com a virose.
— Com a adoção de técnicas recomendadas pela Epagri, como a produção de mudas em ambientes protegidos, o transplante de mudas grandes e o vazio sanitário, conseguimos antecipar a colheita e manter a atividade rentável para mais de 700 famílias na região — contabiliza Ghellere.
A colheita começa agora e vai até junho. Dos cerca de dois mil hectares cultivados em Santa Catarina, 1,6 mil estão na região de Araranguá, com maior concentração nas cidades de Sombrio e São João do Sul. A produtividade em uma área livre da doença fica entre 20 e 25 toneladas por hectare, o que gera uma renda bruta estimada em R$ 50 milhões aos agricultores.
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