Por Renan Medeiros, interino*

Virou rotina no Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna: liderados pelos sargentos Adriano e Almeida, os cães Bruce e Colt Blue farejam todas as bagagens antes do embarque e após o desembarque em busca de drogas ilícitas e armas de fogo. Se identificarem algum vestígio, dão o sinal para os policiais verificarem o conteúdo.

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Este reforço na segurança existe no aeroporto de Jaguaruna há pouco menos de um mês. Como não opera voos internacionais, o Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, não tem obrigação de submeter a inspeção todas as bagagens despachadas, exceto as de mão.

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Mesmo assim, a parceria com a Polícia Militar foi bem recebida tanto pelos funcionários quanto pelos passageiros. O terminal é o primeiro de Santa Catarina a contar com a ajuda dos cães para prevenir o transporte de entorpecentes.

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— Para nós, trata-se de um ponto estratégico. Como os aeroportos de pequeno porte não têm nenhum tipo de inspeção, podem se tornar uma porta de entrada para drogas ilícitas e armas — explica o tenente Dayvid Xavier Cardoso, que coordena o canil do 5º Batalhão da Polícia Militar, em Tubarão.

Privacidade preservada

— A checagem é feita de forma discreta, não tira nenhuma liberdade ou a privacidade dos passageiros. Os cães não ficam agressivos. Se encontrarem algo estranho, eles apenas sentam ao lado da mala. Este é o sinal de que encontraram algo — acrescenta o policial.

Até agora, apenas uma vez eles precisaram sinalizar aos seguranças para verificar uma mala. Mas foi alarme falso. O conteúdo suspeito era pó de magnésio, usado por atletas para dar aderência nas mãos.

A RDL Aeroportos, empresa gestora do terminal, foi quem buscou a parceria com a Polícia Militar, depois de acompanhar pelas redes sociais o trabalho realizado pela PM na região.

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— Pela classe do aeroporto, não é obrigatório ter um equipamento de raio-x para a bagagem que vai no porão. Se o Estado fosse comprar, custaria entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, seria muito caro. Com os cães, conseguimos ter uma segurança adicional — justifica o supervisor de infraestrutura da RDL, Kasthener Daniel Leguizamon.

Rotina dos animais

Os cães permanecem no aeroporto por aproximadamente duas horas no período da tarde, período em que chegam e partem os dois voos diários para São Paulo, da Latam e Azul.

Colt Blue foi treinado no Rio de Janeiro e já está acostumado com o barulho e a dinâmica de um aeroporto. Bruce está se adaptando ao novo trabalho. Ambos são da raça pastor-belga malinois.

Quando os serviço está feito, cabe aos policiais divertir Colt Blue e Bruce com uma bolinha de tênis.

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— É preciso brincar com eles ou oferecer algum petisco depois da inspeção. Do contrário, os cães entendem que fizeram algo de errado. A recompensa deles é receber carinho — conta o tenente Dayvid.