O acusado da morte da modelo Isadora Viana Costa, 22 anos, será submetido a júri popular, ainda sem data definida. O oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, 36 anos, é investigado por homicídio qualificado (feminicídio), crime de fraude processual e por posse ilegal de uma mira laser para uso em arma de fogo. A decisão é do juiz Welton Rübenich, da 2ª Vara da comarca de Imbituba. Como Paulo tem Habeas Corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem o direito de recorrer em liberdade.

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O oficial de cartório foi preso em 17 de julho, mas em novembro do ano passado, conseguiu um Habeas Corpus junto ao STF e foi solto no dia 29 do mesmo mês. Uma amiga de Paulo, de 29 anos e natural de Campo Grande – MS, também é investigada no processo. Ela foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por fraude processual, pois teria ajudado o acusado a alterar a cena do crime, lavando lençóis e outros objetos que poderiam conter vestígios para o trabalho de análise pericial.

A modelo conheceu o namorado em março de 2018 na cidade natal dele, Santa Maria – RS, e veio para Imbituba onde ele morava. Isadora chegou ao Sul de Santa Catarina no final de abril, e foi morta dia 8 de maio. Segundo o laudo cadavérico, a causa da morte foi trauma abdominal. Ela teve várias lesões internas, laceração hepática e de vasos abdominais, decorrentes de ação mecânica de alto impacto, segundo consta no processo.