“O ano não termina como a gente gostaria, Laine – perder a mãe, justo nesta época, é dolorido demais. Mas, em nome dela e de toda a alegria que espalhou enquanto viveu, driblamos a saudade agradecendo”. A frase é do nosso leitor Luiz Fernando Margarida, morador de Palhoça, que pede espaço na coluna para o que chama de uma última homenagem à mulher que foi seu maior exemplo de amor, superação, integridade, alto astral e doação: dona Isolete dos Santos. “É o presente de Natal que nossa família oferece para ela, por ter nos preparado tão bem para a vida”, conta.
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Obrigada, nossa guerreira!
Dona Isolete tinha 67 anos e desde muito nova se dedicou aos estudos para ter um bom emprego e ajudar os pais. Formou-se professora e já na década de 70 dava aulas no interior de Palhoça. “Com a alma que pulsava no ajudar as pessoas, formou-se também como técnica de enfermagem e, para dar conta de três filhos sozinha, passou a trabalhar em dois lugares: o Hospital de Caridade e o Infantil Joana de Gusmão. E que ironia: seu maior medo era o de ficar internada – o que teve que enfrentar dias atrás. Minha mãe tinha cirurgia de tireoide marcada para o dia 9 de janeiro e antes, no dia 15 de dezembro, teve que fazer uma biópsia. Foi quando passou mal, foi parar na UTI do Caridade em estado grave e faleceu na véspera de Natal”, explica o filho. Mas não é em tom de tristeza que nosso amigo nos escreve: “Quero é declarar o meu amor e de meus irmãos por essa guerreira, cujo sorriso era marca maior. No fim de tudo, é isso que fica: a marca que deixamos no mundo! Aliviamos nossa dor vibrando na gratidão e, mesmo com a saudade gritando por aqui, seguimos em frente sabendo que ela habita em nós – e conosco, de alguma forma, sempre estará”, conclui.
Falando nisso…
Ah, se soubéssemos o milagre que é aprender a honrar pai e mãe! Como a ciência da constelação familiar nos ensina, quando aceitamos e integramos os pais (por maiores que sejam os defeitos ou males que nos tenham feito) aceitamos e integramos a vida e deixamos de projetar nossas carências e raivas nos filhos, nos parceiros, em tudo que nos cerca. Sim, muitos de nossos problemas vêm do não trabalhar, não perdoar nossos pais em nosso íntimo.
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Por isso, a sugestão: curve-se a eles e agradeça por tudo – pelo que é muito bom e até pelo que não é! Havendo aceitação e gratidão, os vínculos tornam-se fortes – e você fica mais forte também. Faça disso um exercício diário, como um mantra ou oração: “pai, mãe, sinto muito, me perdoe, te amo e sou grato”. Sou prova do quanto isso transforma nossa vida pra melhor. Um desafio que, quando enfrentado, traz muitas compensações. Experimente e me conte depois…
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