Feliz em trazer pro nosso fim de semana uma (diria duas!) história de superação – de quem não desiste e, neste momento, também precisa da gente pra seguir em frente: falo de Gabriela Reis e sua mãe, Ariane, moradoras de Palhoça – eu as trouxe no Quadro “Me Conta a Tua História” nesta sexta, no Jornal do Almoço (e senti que deveria trazê-las à Coluna também).

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A Gabi nasceu cega e, desde muito pequena, já enfrentava desafios de gente grande! “Ela teve um parto difícil, demorou muito a andar, só conseguiu entrar na escola com 4 anos e meio”, conta a mãe. E, entrando na escolinha, ela viveu situações que nenhum de nós gostaria de passar: “O mais difícil foi ela ser aceita pelos ditos ‘normais’ e as pessoas não quererem chegar perto dela, por causa da deficiência”, diz Ariane.

E isso foi fazendo com que a Gabi ficasse mais, assim…no seu mundinho: “eu era muito dentro do quarto, ouvindo minha música, lendo meus livros em braile. Tinha vergonha e medo do mundo”, explica Gabi. E foi assim até ela chegar à Florianópolis – cerca de 7 anos atrás. A família veio do Rio Grande do Sul…

O florescer de Gabriela

“Quando chegou em Floripa, Gabriela criou asas e disse: vem comigo, mãe”. E quem ajudou muito a Gabriela a alçar este voô foi o pessoal da ACIC – a Associação Catarinense de Integração ao Cego. “Aprendo sobre mobilidade, a me virar sozinha”, conta. Aliás, hoje a Gabriela é muito independente, em tudo. E tudo ficou ainda melhor depois que ela foi fazer o ensino médio no SESI, na Grande Florianópolis.

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(Foto: Arquivo Pessoal )

Sabe por que? “Por que me senti acolhida, os professores são especiais, os amigos viraram parceiros, com muito respeito, e não me tratavam como coitada – mas como alguém igual a eles”, comemora. Isso foi fundamental para o próximo capítulo desta história…

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Enfim, na faculdade!

Gabriela acaba de conquistar mais um grande feito: vai começar a faculdade, de serviço social. E não vai sozinha não: a mãe vai fazer o curso, junto com ela! “É um sonho dela, e um sonho meu, que precisei guardar pra cuidar da Gabi e dos meus quatro filhos e neta, também especial.

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(Foto: Arquivo Pessoal )

Agora vou poder mostrar ao mundo o que sei”, celebra a mãe. “Sendo Assistente Social quero poder muito ajudar as pessoas, fazer valer a pena minha experiência e, com empatia, ser transformação na vida de quem passar por mim”, enfatiza Gabriela. Pena que esse sonho ainda precisa se um “detalhe” pra ser concretizado…

“O Teu Olhar Melhora Meu” – em busca de um Notebook

A formação da Gabi foi feita com o computador da Escola, que tem programas especiais, com sistema de voz, bem parecido com o do celular dela. Pra fazer a faculdade, ela também vai precisar da tecnologia: “a faculdade é metade presencial, metade à distância.

A Instituição vai me emprestar um computador lá – mas vou precisar de um em casa, com HD de até 1 tera, por causa dos programas pesados que rodam. Um desses custa R$ 3.500,00 e nossa família, que vive com menos de R$ 2mil por mês, não tem condições de comprar”, lamenta a menina.

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Vendo a força de vontade de filha e mãe, professores e amigos decidiram fazer uma vaquinha online – e pedem a nossa força. Quem quiser colaborar, pode acessar o site

Já temos R$1.891,00. Vamos ajudar a bater nossa meta? Essas duas lindas querem muito estudar e fazer a diferença no mundo: precisamos muito de pessoas assim… precisamos de você pra realizar este sonho! Boa sorte meninas!