Sei que durante este dia 8 de março, neste mês “dedicado” às mulheres, vamos ouvir frases do tipo: “parabéns guerreira”, “siga na luta”, “você é forte”, “você pode tudo”… E, com todo respeito às melhores intenções nestas palavras, hoje eu peço licença pra fazer diferente: celebrar a nossa fragilidade – que nada tem a ver com fraqueza, muito pelo contrário!
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Eu tenho como referência de vida, na minha família, as mulheres mais fortes e inteligentes que já conheci . Amo cada uma. Sou fã. Sempre sonhei em ser muito parecida com elas. E comecei, desde muito cedo, a vestir a mesma personagem que elas – a da própria Mulher Maravilha!
Essas minhas mulheres são determinadas, coordenam a casa, são profissionais excelentes, bem sucedidas, filhas exemplares, além de serem impecáveis no cuidado com os filhos – são excelentes mães, donas de casa, ótimas amantes para o marido, sempre em ação 24 horas por dia para dar conta de tudo. Melhor ainda se estiver em boa forma física, com roupas incríveis, maquiada, cheirosa… Ah! E muito sexy, divertida e com energia de sobra. Sim, eu cresci acreditando que me tornando tal qual elas, eu teria superpoderes, seria o suprassumo do empoderamento feminino – ou seja, a própria Mulher Maravilha.
Até que eu me vi adoecendo emocionalmente, e claro, fisicamente, somatizando, com tantas cobranças de perfeição – vindas do mundo e o pior, de mim mesma. É o que os especialistas em comportamento humano chamam de Síndrome da Mulher Maravilha – que não é uma doença, mas pode provocá-la.
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E o mais louco disso tudo: eu sempre dando TUDO DE MIM, achando que NUNCA sou o suficiente e me enchendo de culpa por causa disso.
Ufa…cansa né? Chega a ser desumano querer e achar que se precisa ser uma super heroína nessa vida só pra se sentir amada e incluída.
Então, agradecendo a todas as mulheres que vieram antes de mim – reconhecendo o valor de cada uma delas na minha vida, e o quanto sempre estarão em mim, eu peço licença pra fazer diferente: assumir que AMAR QUEM EU SOU É O MEU MAIOR PODER.
Por isso, eu preciso querer me conhecer cada dia mais – só assim eu evoluo. Assumo também que eu não preciso saber de tudo, agradar a todo mundo, atender à todas expectativas. Eu preciso sim encontrar tempo para mim, para fazer o que eu curto, da maneira que eu gosto, sem ter que seguir a regra dos outros. Assumo ainda que preciso, e quero muito, dizer mais “NÃOS” – é quando eu digo sim, pra mim mesma.
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Me respeito, para ser respeitada. Quero aprender também a pedir ajuda, a delegar tarefas – a vida fica mais leve e a gente dá dignidade para quem convive conosco. Enfim, chego à conclusão de onde reside uma de minhas maiores forças: reconhecer que eu tenho fragilidades – e está tudo bem!
Feliz nosso dia, do jeitinho que somos, todos os dias! Fiz um vídeo falando melhor sobre isso lá no meu Instagram. É só procurar por @lainevalgas, clicar aqui para ir até o meu perfil ou assistir logo abaixo.
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