Eles foram pegos de surpresa, na última quinta-feira, quando técnicos da Celesc chegaram para cortar a luz – e ainda estão às escuras! Talvez não fosse tão grave, se eu não estivesse falando de um lugar que cuida diariamente de 175 crianças na creche, mais 50 no contraturno escolar, sem falar nos 150 idosos que atende o Centro Social Urbano, na Coloninha, em Florianópolis. “Desta vez chegaram sem dó, nem piedade: tiraram o relógio e mandaram uma nova equipe para desconectar a fiação, para que não houvesse nenhuma ligação clandestina, segundo eles. Em nenhum momento foi pensado nas crianças que estavam lá dentro, nem nos funcionários ou nas famílias que atendemos”, conta a auxiliar de sala e nossa leitora Maria Eduarda Andrade.

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ATÉ QUANDO?

“A gente entende, não é culpa da Celesc, mas da falta de cumprimento de um acordo por parte do governo municipal”, conta a conselheira Maria da Glória Barros. E eu explico: a prefeitura da capital, através de um termo de fomento, fechou convênio com o Centro Social no qual se comprometeu a repassar uma verba mensal – que serviria para pagar funcionários e contas como água, luz e telefone. O problema é que desde janeiro não há qualquer repasse. “Quem trabalha aqui está há quatro meses sem receber e as contas estão se acumulando, como a da energia elétrica, que chega aos R$ 7 mil em dívidas”, diz Dona Glória.

E a pergunta que precisa de uma resposta urgente: quando essa situação será resolvida? “Nós estamos vindo cumprir horário, mas não conseguimos atende ninguém, sem luz”. Será que por muito tempo, prefeitura?​

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