À medida que o número de pessoas acima dos 60 anos dispara no Brasil, um mercado promissor se destaca, e carece de profissionais habilitados: o de cuidadores de idosos. E não basta apenas ter bom coração, ser uma pessoa legal, que gosta de fazer companhia para trabalhar na área. É um requisito, claro, mas a qualificação deste profissional é fundamental. O alerta vem da nossa leitora Flávia de Souza Fernandes, professora de segurança do trabalho, enfermeira do trabalho, doutoranda em ciências da saúde, que atua na área e lidera um grupo de profissionais no Estado que batalha para regulamentar a profissão.
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É ela quem nos traz uma série de orientações sobre o assunto, na Coluna de hoje, inclusive onde encontrar cursos dentro das normas em SC.
"Os cuidadores, em todo o Brasil, atuam hoje no Brasil de maneira informal: a ocupação de cuidadores até o momento não é regulamentada por lei e sim reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego – está em análise no Senado. Esses profissionais não pertencem à categoria da enfermagem e, por esse motivo, não substituem os profissionais dessa área. A compreensão prévia sobre quem são, o que podem e o que não podem realizar, é uma condição indispensável para quem quer ser um cuidador e, por esse motivo, o curso de qualificação em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação é um dos requisitos para o exercício da atividade. Além disso, o cuidador deve possuir no mínimo 18 anos completos e ter concluído o ensino fundamental", explica.
O que faz um cuidador?
São suas atribuições zelar por bem-estar, integridade física, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida. A família que for contratar um cuidador precisa ter a consciência de exigir formação do profissional. "Quem não realizar o curso por uma instituição reconhecida, não terá seu certificado válido para atuar como cuidador de pessoa idosa, cuidador infantil, cuidador de pessoa com deficiência e cuidador de pessoa com doença rara. Salvo se apresentar comprovação superior a dois anos de atuação registrado em carteira profissional como cuidador", esclarece Flávia. A faixa salarial média é de R$ 1.317,00 e o teto salarial de R$ 2.048,44, por 43 horas semanais.
Investir em formação é preciso
Várias instituições públicas e privadas estão se organizando para cumprir com as determinações legais, mas nem todas ainda estão prontas pra isso", conta Flávia. Por isso, anote as que já estão regulamentadas para ofertar o curso, aqui no Estado, de acordo com nossa leitora: o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em Florianópolis, a Faculdade Municipal de Palhoça e o Instituto Federal Catarinense em Camboriú (IFC), que abrirá edital em outubro de 2019 – aqui são gratuitos.
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O Sesc também oferece, alguns pagos e outros de graça. Como instituição privada e regulamentada na região, temos a Qualis Centro de formação Profissional, na Avenida Leoberto Leal, em Barreiros, São José, com data para iniciar curso em setembro de 2019.