Ela sai ainda de madrugada de casa. Vai do Jardim Amodelar, em São José, e segue até o Jardim Atlântico, em Florianópolis, para pode pegar o ônibus das 5h30min e chegar no TICEN, às 5h50min – e já pegar a condução rumo à UDESC, neste horário. E é aí que, todos os dias, e já há muito tempo, vem o martírio para nossa leitora Marilene Souza e dezenas de pessoas que, assim como ela, precisam estar às 7h no trabalho – no caso dela, o Ciasc do Itacorubi.
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“Todos os dias nos deparamos com o ônibus lotado até as portas, todos ficamos amontoados. Eles não têm a consciência de que o povo tem hora para chegar ao seu destino e não tem como pegar outro ônibus em outro horário – o próximo é só às 6h30min. Eu, e vários de nós, já procuramos os responsáveis pelos transportes, mas não tivemos êxito: eles dizem que não adianta reclamar, pois não vão mudar e nem colocar ônibus maior. Simplesmente discriminação com o povo mais carente – sem falar no risco que corremos. Estamos todos indignados”, desabafa Marilene. A situação segue direto para o consórcio Fênix, que administra o transporte na Capital: mais do que respostas, queremos uma solução…