Olha quem está por aqui, mais uma vez: é o nosso leitor Luiz Gonçalves, morador de Capoeiras, em Florianópolis, que já virou quase um personagem da coluna. Prestes a fazer 80 anos, já perdemos as contas de quantas vezes ele precisou pedir ajuda para garantir o direito de receber do Estado os medicamentos que permitem a ele ter uma vida mais digna e tranquila. Seu Luiz tem a doença de Parkinson há 15 anos e depende de uma série de medicamentos para controlar os sintomas (as tremedeiras intensas). Ele vive com medo, porque o principal remédio, o Entacapona (fornecido pelo SUS), está sempre faltando na Farmácia Escola, na Trindade. “Agora, além deste, o Amantadina também está em falta. É um desespero, minha filha, ninguém lá sabe nos dizer o que está acontecendo, nem quando o remédio será entregue. Sem falar que não atendem mais telefone e nos pedem para mandar e-mail, que demoradamente respondem”, conta. Aposentado, ganhando “uma miséria”, como diz, ele não tem como arcar com os custos mensais – cerca de R$ 760. Também já perdemos as contas de quantas vezes recorremos à Secretaria de Estado da Saúde e à prefeitura de Florianópolis atrás de respostas… mesmo assim, lá vamos nós outra vez, quantas vezes forem necessárias!
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