A gente sabe que a coleta de lixo ficou prejudicada, com esta pandemia. Aos poucos, esse importante trabalho, prestado pelos nossos garis, vai voltando ao normal. E esse processo, tanto agora, como sempre, precisa contar com o nosso apoio e cuidado. Você? Separa bem o que joga fora? Tem gente que não e, sem saber, pode estar colocando a vida de outras pessoas em risco – como a do Carlos!
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Dias atrás, durante a noite, ao pegar umas caixas de papelão, o gari Carlos Alberto Costa Júnior foi atingido por um vidro plano escondido sob os recicláveis. O rosto dele ficou talhado pelo vidro, bem na altura dos olhos, como você vê na foto. Ele foi medicado, agora está bem e voltando à coleta seletiva – por sorte, não foi mais grave. Carlos é conhecido como “Biguaçu” na Comcap, que recolhe o lixo na Capital.
E ele estava com muito medo de não poder voltar a trabalhar. E sabe por que? Por que lutou por quase uma década, depois de sofrer um acidente grave, pra poder retornar às atividades. Precisou superar dois anos de afastamento pela perícia, reabilitou movimentos de perna, voltou para a Comcap para trabalhar em estacionamento, depois remoção e, finalmente, contra todas as previsões, voltou a ser gari de coleta. Diz que está no momento “mais completo de sua vida” ao lado da namorada Cleuza Silva, que também é colega de Comcap e os dois estão de casamento marcado.
Ou seja: existe um ser humano, com uma história, com família, com sonhos, por trás de quem recolhe seu lixo. Cuidado, respeito é o mínimo que podemos ter com esses trabalhadores. E sabe o que o Carlos nos diz? “Queria que o ser humano fosse mais humano – pensasse no outro, que somos parte de um todo”.
Fique ligado!
A direção da Comcap orienta que embalagens de vidro sejam separadas e levadas aos pontos de entrega voluntária de vidro (PEVs) ou Ecopontos. Quando destinadas à coleta seletiva da Comcap devem estar bem visíveis para evitar acidentes com garis.Vidros planos (de janelas) e espelhos não devem ser encaminhados à coleta seletiva.
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Quando quebrados, devem ser colocados dentro de garrafas PET ou caixas longa vida e dispostos para a coleta convencional com aviso sobre o perigo para os garis. Ou devolvidos para vidraçarias e comércio do ramo que tem obrigação de dar destino adequado aos vidros planos.