Ele é conhecido mundialmente como musical, mas chega à capital catarinense (pra depois rodar o país) como ópera-rock – e pelas mãos de gente da nossa terra: dias 27, 28 e 29 de junho estreia Frankenstein, do compositor Alberto Heller.

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A produção é da Camerata Florianópolis, já conhecida pelo estilo inusitado de unir a música clássica aos demais gêneros, como rock, jazz, MPB, reggae e eletrônica. O , que tem regência do maestro Jeferson Della Rocca e foi adaptado a partir da obra homônima de Mary Shelley (livro que comemora 200 anos em 2018), vai resgatar a dimensão trágica e existencial do original – mas se distancia das adaptações cinematográficas que costumam transformar essa profunda e riquíssima história num conto de terror.

E prepare-se para grandes emoções: a orquestra, já tão aclamada pelo público, virá acompanhada de banda, coro masculino e grandes nomes do canto lírico e do rock nacional, como Alírio Netto, vocalista do Queen Extravaganza, Rodrigo “Gnomo” Matos e a soprano Carla Domingues, além de outros grandes talentos da música catarinense.

SURPRESAS GRÁFICAS

Se musicalmemte Franskestein nos chega diferente, graficamente temos surpresas também: a identidade visual da ópera-rock vem assinada por um grande artista, premiado internacionalmente, morador de Florianópolis há 30 anos: Celso Silva da Silva. Ele optou por uma arte abstrata, que pretende instigar o público a pensar num Frankenstein diferente daquele do cinema de terror, fugindo das letras góticas, do verde, dos parafusos no pescoço, da testa alta cheia de cicatrizes – um estilo moderno e não tradicional.

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Tenho a sorte de conhecer e conviver com este talento e sei o quanto estudou e se dedicou para esta “marca” nascer: seu ponto de partida foi um cubo no espaço, que representa a solidão da criatura. Depois, esse cubo gera um segundo, um novo ser feito “à imagem e semelhança” mas que, de certo modo, promove desencontro e descentramento. O raio que os atravessa é a eletricidade que dá corpo à criatura – quase uma agulha que costura as diversas partes que pode furar-ferir ou costurar-criar.

As cores são importantes: o branco do gelo e da neve (a obra começa e termina no Polo Norte), o negro do sombrio e do misterioso, o vermelho do sangue, o amarelo da criação: traduzindo criação, transformação, nascimento e morte – o ciclo da vida. Bacana é saber que o conjunto da obra pode ser conferido de graça…

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A estreia oficial será no dia 27, às 20h, com entrada gratuita, no CIC. A retirada de ingressos (até dois por pessoa) deverá ser feita nesta terça, dia 12 de junho, no próprio Teatro, a partir das 14h. Para os dias 28 e 29 haverá cobrança de ingressos e os detalhes estarão em breve no link.


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