Dizer que ele já esteve por aqui e, por algumas vezes, nos contando como estava difícil conseguir uma recolocação no mercado de trabalho – e nos pedindo aquela força em busca de emprego. Dizer até que nos pediu um tênis, por que comprar não conseguia!

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Hoje, nosso leitor Aílton Valentim, de Florianópolis, retorna pra contar do final, ou do recomeço, feliz. Prova de que nada melhor do que um dia após o outro, vivido com a certeza de que as coisas podem melhorar e com muito empenho para que tudo aconteça…

SEMPRE CORRENDO…

Conheço Aílton não é de hoje: 30 anos atrás, nós corríamos todos os dias (sempre atrasados) pra não perder o ônibus do Jardim Atlântico, no horário das 7h. Nos divertíamos muito! O tempo passou e nos “reencontramos” por aqui, na Coluna, quando ele veio me contar que continuava correndo, mas agora literalmente: “Virei corredor de carteirinha, amiga”. E não só isso: um recordista em participações na Volta à Ilha, me dizia ele lá em 2015. Na época, sem grana, ganhou até um par de tênis de um leitor para completar a prova.

No ano seguinte, retornou: nos pedia força para trabalhar em alguma academia como recepcionista. E assim sempre foi este rapaz: correndo atrás, por mais “nãos” que recebesse. De tanto persistir, hoje ele colhe os frutos: e, claro, veio nos contar…

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O “COBRADOR SORRISO”

“Agora venho só agradecer: esse é o verbo, esse é o mantra! Com a graça de Deus, vou realizar a minha 23ª corrida consecutiva da Volta à Ilha, no próximo sábado, 7. E não só isso: minha capacidade de corrida fez com que eu passasse em dezembro no concurso para trabalho temporário na Comcap: que experiência única! Hoje sou do transporte público de Florianópolis e conhecido como o ‘cobrador sorriso’: não foi fácil, mas hoje coleciono motivos para distribuir alegria por aí”, nos conta faceiro.

Em resumo: Aílton escolheu focar nas oportunidades que as dificuldades lhe apresentaram. Saiu do papel de vítima e assumiu o protagonismo de sua história: ainda vai longe, muito mais longe…

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