Três perguntas para o arquiteto Marcelo Salum

Foto Mariana Boro, Divulgação

Por Carol Passos – Interina

Durante minha interinidade pretendo entrevistar alguns nomes catarinenses que se destacam em suas áreas. Para começar, Marcelo Salum, que tem projetos por aqui e fora do país, e já participou de diferentes mostras. O jeito tranquilo do arquiteto de Floripa transparece nos espaços que cria, marcado por detalhes.

Qual será a próxima tendência em decoração?
Acho difícil falarmos em tendência. Ela existe para atender as demandas das indústrias, gerar mais motivação de consumo. Em contraponto, o que eu noto e percebo – não como tendência, mas comportamento e movimento – é um desacelerar desta relação, estabelecer o que realmente é essencial para a vida. Destaco também grande interesse e procura pelos produtos mais naturais e feitos à mão. No caso do meu trabalho, isso se revela no respeito pelo acervo do cliente. Não simplesmente descartar e comprar tudo novo. Nosso papel, em arquitetura de interiores, é ter essa consciência.

Qual foi a última peça que você comprou em uma viagem e onde foi?
Na última feira de Milão deste ano fui focado em encontrar o cheiro que representasse meu ambiente “Alguma coisa acontece no meu coração” na Casacor São Paulo. Eu sou apaixonado por uma marca francesa de velas chamada Diptyque, e lá eu comprei uma vela de 1,5 quilos, com a essência Feu de Bois. Sou apaixonado por chá e trouxe na bagagem de volta para o meu espaço o Dammann Frères. Como trabalhamos a proposta do alter ego do escritório no loft e todo mundo aqui adora chá, usei essa marca.

Dica de livro, filme e série que te inspiram.
• Livro: Shikasta da Doris Lessing
• Filme: Uma amizade sem fronteiras, com Omar Sharif
• Série: Downton Abbey