Para quem não sabe, a formação de acervo dos espaços vinculados à Secretaria de Cultura e Relações Institucionais antecede à criação da Galeria Municipal de Arte, do MAB – Museu de Arte de Blumenau, Mausoléu e Museu de Hábitos e Costumes, e durante muito tempo um representativo acervo artístico permaneceu sob a guarda do Museu da Família Colonial.

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A boa notícia é que agora as obras irão migrar para o MAB, preenchendo uma lacuna que representa o início da atividade da colonização alemã em Blumenau, no Vale do Itajaí. 

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Telas de Paul Hering, considerado o primeiro “pintor” oficial da cidade, que mais tarde deu origem a Loja da Casa das Tintas Hering estão na coleção, bem como as produzidas por Franz Richard Becker, G.Ruf, Heinrich Graf, Ludwig Emmerich, S. Fischer, Johannes Janzen, Hans Steiner, entre outros, que com seus trabalhos deixaram um registro de paisagens, acontecimentos e valores da época.

Gerente do MAB, Mia Avila relata que esse rico acervo é constituído por obras produzidas sobre material de suporte orgânico, ou seja tela, papel, madeira, que passam por um processo natural de envelhecimento, o que, aliado à fatores externos, aceleram a deterioração, principalmente nos materiais orgânicos.

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Por tal motivo, essas obras estão passando por um cuidadoso procedimento de higienização e toda a ação está sendo feita de forma a não interferir nem alterar a estrutura do objeto artístico.

Museu Blumenau
Obras irão migrar para o MAB, preenchendo uma lacuna que representa o início da atividade da colonização alemã em Blumenau (Foto: Divulgação)

Rodrigo Ramos, presidente da Secretaria de Cultura e Relações Institucionais comenta:

— Preservar esses bens culturais, locando-os de acordo com sua tipologia e adotando medidas e ações para protege-los dos diferentes riscos aos quais possam estar submetidos, tem sido uma preocupação constante da Secretaria de Cultura, que através de conhecimentos disponíveis, captação de recursos e parcerias, busca evitar e minimizar os efeitos negativos dos agentes de risco aos quais todos espaços museais estão sujeitos. As obras que migram para o Museu de Arte tem um bom potencial para pesquisa e estudo, e um esforço conjunto com a comunidade, Amigos da Cultura, parceiros pode contribuir de forma fundamental para investir em ações que salvaguardem esses bens culturais, assegurando seu acesso às atuais e futuras gerações.

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São mais de 50 obras, que quando finalizadas, serão separadas por lotes para receberem novos chassis e molduras, na medida que forem obtidos recursos para essa finalidade.

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Fica o convite aos amantes da arte e amigos da cultura, para serem madrinhas e padrinhos desse acervo, que quando recuperado, será apresentado à comunidade em exposições virtuais e presenciais nos espaços da Secretaria de Cultura e também itinerantes, promovendo o patrimônio artístico com recurso educacional e turístico.