Samuel dos Santos nasceu e sempre viveu em Florianópolis e no início do mês de setembro esteve em Blumenau para apresentar um projeto lindo, que nasceu de um sonho. Com 35 anos, o filho de Hélio David e de Margareth, despertou com a fotografia sua vontade de ajudar quem precisa e através da marca social Cidades Invisíveis tem mostrado que é possível sim, com união e empenho, fazer um mundo melhor.
Continua depois da publicidade
Ele conta que mais de 25 mil pessoas já foram atendidas através das ações do projeto e que em sete anos, 500 voluntários ativos fazem parte dessa caminhada. As parcerias são fundamentais para que as ideias saiam do papel e todos podem ajudar.
Ele é formado em direito, com especialização em ciências criminais e mestrado em inclusão e reabilitação social. Casou em maio de 2018 com Lili Borba, no Ribeirão da Ilha, e com ela tem dois filhos. Um de coração e outro de coração e sangue. Bernardo, de 11 anos, e o bebê Valentim, de sete meses.
Simpático, expansivo e cativante, ele conta pra gente um pouco mais sobre esse sonho que virou realidade e que ainda vai gerar frutos lindos. Espero que curtam nosso bate-papo.
Hobby: Fotografia, desde sempre me apaixonei por ela, pela capacidade de conseguir alinhar os pensamentos com as emoções, quase em um estado meditativo e contemplativo.
Continua depois da publicidade
Lugar inesquecível: Fernando de Noronha.
Música: Paciência, do Lenine.
Mania: Manter a casa organizada.
Filme: São tantos os filmes que me marcaram e contribuíram para formar quem sou hoje, que é difícil falar apenas um. Mas curto demais Pulp Fiction, do Tarantino.
Luxo: Ter tempo presente para minha família, meus cachorros e os projetos que desenvolvo.
Não vive sem: Doce. Sou viciado nos doces.
Sonho: Tornar a pobreza peça de museu.
Caos: Minha casa com minha esposa e dois filhos. São uns furacões.
Comida preferida: Sushi.
Cidade que moraria: Alguma cidade da região de Algarve em Portugal.
Frase: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: pa
Como nasceu a ideia do projeto?
Nasceu de um sonho, de uma vontade e um desejo que transbordou dentro de mim. De conseguir ajudar todas as pessoas que precisam do nosso olhar, do nosso cuidado. De dar visibilidade a todas as vozes, de toda gente, de cada criança e adulto, independente de cor, sexo, etnia e religião. Um projeto que nasceu com a fotografia, que se transformou em arte, e arte que virou estampa de camisetas. Camisetas que possibilitaram dar pequenos passos em busca desse sonho. Pé por pé e passo por passo. São sete anos sonhando, mas agora coletivamente. Porque muita gente está conosco.
Qual maior emoção que te marcou durante estes anos com a ação?
Não tem como falar em maior emoção, e sim em todas as pequenas trocas afetuosas, nos pequenos gestos, nas pequenas transformações que fui enxergando nas pessoas e nas comunidades que passamos. E, sobretudo, na minha transformação, no meu despertar de consciência. O voluntariado é um dos caminhos para o despertar da nossa humanidade.
Continua depois da publicidade
Quem são os famosos que ajudam na causa?
Thaila Ayala, que é nossa madrinha, Flávia Alessandra e família, Paola Oliveira, Negblack, Sasha Meneghel, Mariana Goldfarb, , Danni Suzuki, Thalita Meneghim. Todos nos ajudam muito a dar visibilidade ao nosso trabalho, vestem nossa camisa literalmente, participam e promovem as ações. Somos muito gratos a todos eles. Por darem voz para nossos sonhos, que são de todos que estão em situação de vulnerabilidade social.
Onde podemos comprar as roupas da marca?
No nosso site do Projeto Cidades Invisíveis e nas lojas Cidades Invisíveis +, na Primavera Garden, na MIDI, no Multi Shopping (ambas em Florianópolis) e na loja Goiaba Urbana, em Pinheiros, São Paulo.
Como as pessoas podem colaborar com o projeto? Aceitam doações espontâneas também?
Comprando nossos produtos, 100% do lucro revertemos para ações de impacto social, participar das ações sociais como voluntários dos projetos e também se tornando apoiador financeiro mensal do Cidades Invisíveis.
Como escolhem qual comunidade ou quem precisa de ajuda? Existe algum tipo de estudo ou triagem?
Atuamos em parceria com projetos que atuam em diversas regiões do Brasil e do mundo, que tem experiência em como atingir o máximo de impacto social positivo em cada localidade que atuam, dependendo da maior demanda que encontram. As comunidades que atuamos fomos escolhendo pela maior privação de liberdade que víamos, geralmente as com pior IDH (índice de desenvolvimento humano), como Frei Damião, onde temos nossa sede, considerada a maior e mais pobre do nosso estado.
Continua depois da publicidade
Quantas pessoas já foram ajudadas por ele até hoje?
Já conseguimos ajudar, impactar positivamente, a vida de mais de 20 mil pessoas, com ações voltadas para saúde, educação, esporte, urbanização e lazer.
Maior desafio para o projeto hoje?
Conseguir ficar de pé, persistente no propósito, ter consistência no trabalho desenvolvido, porque todo mês temos dificuldade financeira para pagar todas as contas. Precisamos muito de novos apoiadores mensais e aumentar volume de vendas dos nossos produtos. Novos pontos de vendas, lojistas que querem ter produtos de moda com propósito e empresas que enxergam a necessidade de introduzir em seus objetivos resultados sociais.
Planos para o futuro São tantos! Mas cada vez mais tornar o Cidades Invisíveis uma referência de negócio social, atingir o máximo de pessoas para reduzir as desigualdades, capacitar e empoderar essas famílias que encontramos e que precisam do nosso olhar e do nosso cuidado.
Conselho Acreditar sempre que apenas o amor nos permitirá viver em paz e em harmonia com nós mesmos e com o mundo. O amor transforma e permite todo diálogo. E amar permite que toda força vire potência para e com o outro.
Continua depois da publicidade