O querido Aldo Gonçalves festejou 100 anos cercado por toda a família em um almoço no Tabajara Tênis Clube em Blumenau.
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O encontro preparado pelos filhos, Miriam, Márcia e Aldo Filho, foi repleto de muitas emoções e surpresas. Contou, inclusive, com vídeos de amigos e personagens ilustres que conhecem o aniversariante, como os tenistas Thomaz Koch, primeiro brasileiro a vencer o torneio de Roland Garros nas duplas mistas em 1975, o nosso querido Guga Kuerten e, também, Fernando Meligeni, outra grande figura do tênis brasileiro, esporte que seu Aldo praticou durante toda a vida.
O responsável por cuidar das delícias do encontro foi o Boteco Fino. Aldo ainda prestou um discurso emocionante aos convidados. Leia abaixo:
“Vocês já pararam para pensar nisso? Cem anos vividos? Cada dia que teve a graça de acordar, cada momento que perdeu o fôlego, os primeiros passos, a primeira bicicleta, o primeiro jogo de futebol, a primeira troca de bola de tênis, a escola, os amigos de infância, as vacinas, os joelhos ralados. E, num piscar de olhos, passamos pela infância.
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Já na adolescência, nos deparamos com as primeiras decisões, decepções, escolhas, namoradas, aventuras, travessuras e desbravamentos. Adultos nos tornamos de repente! A fase adulta vem sem pedir licença e, com ela, a responsabilidade: trabalho, família, mulher, filhos, netos, bisnetos. O pacote completo! Com eles, vem a emoção, as alegrias, angústias, reuniões familiares, almoços, as festas e as datas.
E, como em um belo entardecer, a velhice bate à porta. Os cabelos brancos tomam conta, a lentidão ao andar torna-se constante, as dores indesejadas aparecem. O lado bom dessa fase é que temos licença poética para sermos quem quisermos ser. Afinal, não precisamos agradar a todos, basta agradar aos nossos!
O paladar fica apurado, assim como o tempo compartilhado com quem queremos. Nossa companhia é seletiva. Vamos a poucos, porém, bons lugares, escolhidos a dedo e pelos desejos.
Dividimos nosso tempo entre um bom livro, um bom vinho e uma Brahma gelada! Continuamos a nos movimentar, nem que seja indo à feira, ao mercado ou à aula de pilates.
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Dormimos como Deus manda, dias de “reis”, dias de insônia. E, assim, a vida segue.
Uns dias levanto com duas pernas, em outros com minha companheira bengala e, teve um período, em que tive mais quatro – me arranjaram um andador. Logo aposentei esse último aí.
Se for para ensinar algo, diria: rezem todas as noites, como faço até hoje; assistam à missa aos domingos; brindem a vida sempre; comam bem; joguem tênis; priorizem a família; fiquem perto dos seus; leiam e nunca esqueçam daqueles que se foram, mas ainda estão presentes.
O resto… Bem, o resto eu conto depois. Conto mais tarde”.
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