Seguindo pela BR-101 no sentido sul, depois de passar pelas entradas de Palhoça e antes de chegar ao Morro dos Cavalos, aos pés do Cambirela, avista-se a placa indicando “Enseada de Brito”. A pequena pista que passa sob a estrada leva à uma das enseadas mais antigas do estado de Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

Fundada por volta de 1.650 por Domingos Peixoto de Brito é um vilarejo constituído, basicamente, por pescadores. A vida aqui é pacata, o tempo parece se mover mais lentamente e, mesmo estando na alta temporada de verão, é possível contar nos dedos a quantidade de pessoas que aproveitam o dia de sol na praia.

Embora tenha sido elevada ao status de freguesia em 1.750, permanece assim. Uma pequena freguesia que mantém as tradições daqueles que colonizaram a região e que, recentemente, teve parte de seu centro tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). As legítimas casas açorianas estão muito bem cuidadas e há moradores que se orgulham bastante disso. Caso de Alexandre Chaves, proprietário de um antigo casarão à beira-mar que fez questão de mostrar a grossura das paredes. Chaves recebe grupos de estudantes e diz que a propriedade é patrimônio de todos.

Como não bastasse a pouca quantidade de pessoas nas areias e a beleza histórica, a Enseada do Brito, movida pela pesca, traz lugares para comprar mariscos e ostras sempre frescos. As fazendas estão bem à frente, olhando para o mar, e todos os dias os barqueiros transitam por entre as redes. O quilo do marisco com casca custa R$3,00, às vezes, R$2,00. Isso mesmo, R$3,00, às vezes, R$2,00.

Como todos os pequenos paraísos, a Enseada do Brito não dispõe de tantos locais para estacionar o carro, com exceção do centrinho. Outra dica vai para o trânsito que se forma no sentido norte da BR-101, inclusive, nestes primeiros dias de janeiro, em qualquer horário.

Continua depois da publicidade