Foi uma vitória em um jogo muito difícil contra um concorrente direto qualificado. O Avaí lutou muito para derrotar o Sampaio Corrêa. Foi uma partida da organização, da estratégia e do plano de jogo.

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No primeiro tempo o time marcou e jogou. Teve equilíbrio pra estar compacto na defesa e sair com boa presença de ataque, com transição rápida e chegadas com quatro, até cinco jogadores. O gol de Gastón foi assim, com uma roubada de bola no meio e toques rápidos até a finalização. Um gol muito parecido do que o Avaí fez contra a Ponte Preta.

Nesse primeiro tempo, com um pouco menos de posse de bola(61%-39%) teve sete finalizações, contra oito do Sampaio. Só que o Avaí teve duas grandes oportunidades. O Sampaio não teve nenhuma. Isso mostra que o jogo foi jogado, equilibrado no primeiro tempo.

A segunda parte foi bem mais complicada. O time da casa foi pra cima e o Avaí recuou, se fechou em busca dos contra-ataques. Os números mostram. A posse de bola foi quase a mesma, mas volume de finalizações do Sampaio foi bem maior. Na posse foram 62% a 38%. E nas finalizações foram nove contra apenas três do Leão. O Avaí se defendeu. Atacou pouco. Mas em apenas um lance houve real perigo, com Caio Dantas nas costas de Alan Costa e um chute que foi pra fora, mas que tinha cobertura de Betão. Foi um jogo mais seguro, como parece ser o novo Avaí, de Claudinei Oliveira. 

O resultado é muito expressivo. O Sampaio Corrêa é forte concorrente na briga pelo acesso. O Avaí voltou a brigar. Ainda está distante, mas deu mostras que está com mais capacidade de lutar nos jogos e buscar resultados.

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Individualmente, muitos jogadores foram bem, mas alguns se destacaram mais. O zagueiro Betão foi o gigante da vez. Partida perfeita. O lateral Iury merece elogios também, pois deu conta de um trabalho complicado, que era marcar Pimentinha sempre acionado por Marcinho – os dois jogaram muito e deram muito trabalho.

Com duas vitórias seguidas e um pouco mais de organização o Avaí mostra que perdeu tempo nesta Série B. Como sempre escrevi, sempre teve qualidade, mas estava jogando um futebol pobre e desorganizado com Geninho. Vai ter briga ainda, mas a batalha segue difícil pois o aproveitamento tem que ser sempre alto.